Teoria de Direito Público que ponderam que nas relações de trabalho, a livre manifestação da vontade das partes é substituída pela do Estado que intervém na relação jurídica entre empregador e empregado, por meio de leis imperativas e irrenunciáveis, como ensina seu precursor Arnaldo Sussekind
É importante explicitar algumas das teorias sobre a natureja jurídica do direito do trabalho:
A primeira argumenta que o direito do trabalho se trata de um ramo do direito público, uma vez que as normas são imperativas, cogentes e também de ordem administrativa, porquanto o Estado determina normas mínimas e desconsidera nulo de pleno direito ato que vise desvirtuar a aplicação da lei, como está no art. 9.º da CLT. Essa teoria já foi “descartada”, tendo em vista que a classificação como Direito Público determina ser o Estado um dos sujeitos da relação, que não é o caso quando em cena o direito do trabalho.
A segunda teoria afirma que o Direito do Trabalho é ramo do direito privado, pois decorre de contrato realizado entre particulares, normalmente sujeitos privados e que a imposição de cláusulas legais mínimas não obsta sua caracterização privatista. Essa teoria fundamenta sua assertiva ao considerar que outros ramos do Direito, a exemplo do Consumerista e de Famílias possui intervenções estatais mínimas que não os descaracterizam como sendo de direito privado. Esse é o posicionamento majoritário da doutrina, ou seja, a maioria da doutrina considera o direito do trabalho ramo do direito privado.
A terceira teoria afirma que há no Direito do Trabalho um terceiro gênero, pois este possui natureza social. A crítica a essa teoria é expressiva, uma vez que em todos os ramos se enxerga o viés social.
Para a quarta teoria, o Direito do Trabalho se submete a um tipo misto de direito, isto é, suas normas coexistem sem divergências, apresentando características tanto de direito público quanto privado.
Por fim, a quinta teoria afirma que o Direito do Trabalho é um direito unitário. Doutrinadores como Sussekind e Evaristo Moraes Filho adotam tal posicionamento. Desse modo, inspirados pelo direito alemão, defendem que existe fusão de direito público e privado, não se podendo separar os limites de cada um. Aqui, difere-se da teoria de direito misto porque inexiste coexistência, mas sim uma fusão.
Por fim, o entendimento majoritário é que a natureza jurídica é ramo do direito do trabalho é direito privado.
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