As provas ilícitas, em regra, são proibidas, porém, quando são utilizadas para beneficiar o réu elas podem sim ser utilizadas. Ex.: Quando é feita uma interceptação ilegal do telefone de determinado indivíduo em que é possível observar conversas que absolveriam um terceiro que está preso condenado com sentença transitada em julgado. Nesse caso, utilizando-se da revisão criminal será possível rescindir sentença condenatória com a prova ilícita em favor do réu.
As provas ilícitas pro réu, como a confissão mediante tortura, entendida pelo STF como a teoria dos frutos da árvore envenenada, dando ao caso inadmissibilidade as provas ao caso. Contudo, aparecendo o conflito entre princípios fundamentais da constituição, verificasse comparar qual deve prevalecer, pois dependendo da rozoabilidade do caso, o juiz poderá admitir uma prova ilícita ou a sua derivação, para evitar um mal maior (condenação injusta ou a impunidade de perigosos marginais)
Assim, utilizando o princípio da proporcionalidade, o legislador estabeleceu algumas limitações à teoria, na forma do art. 157, §1º, do Código de Processo Penal. Não havendo relação de dependência ou vinculação, a prova ilícita não terá o condão de contaminar as demais, e a inevitabilidade da descoberta leva ao reconhecimento de que não houve um proveito real, com a violação legal, significando que a prova derivada da ilícita, que seria colhida mesmo sem a existência da ilicitude, também não a contamina.
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Livro Processo Penal II - Estácio - Pág. 33
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