Inevitabilidade – a jurisdição não pode ser evitada, apenas atrasada.
Indelegabilidade – o juiz não pode transferir suas funções, ou seja, não pode delegar seu ofício.
Indeclinabilidade – o juiz não pode se negar a cumprir a função jurisdicional, apenas em casos de impedimento e suspeição, previstos nos arts. 144 e 145 do CPC, respectivamente.
São princípios da jurisdição.
Pelo princípio da inevitabilidade, uma vez proposta a ação, as partes não têm como evitar as decisões e determinações do juiz. A oportunidade para evitar a atuação do Poder Judiciário ocorre antes da propositura, pois a jurisdição é inerte, mas após provocado, o processo correrá por impulso oficial. É o que determina o art. 2º, do CPC:
"Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei."
Já no princípio da indelegabilidade, temos a impossibilidade da atividade jurisdicional ser delegada a terceiros. É que apenas um órgão é competente para julgamento de cada causa, o que se conclui por meio da análise da CRFB/88 e do CPC/15, pois ainda que haja conflito aparente de competência, apenas um órgão será considerado para processar e julgar e mais ninguém poderá atuar nesse sentido.
Por fim, temos o princípio da indeclinabilidade ou princípio da Inafastabilidade da apreciação pelo Poder Judiciário é previsto no art. 5º,, da CRFB e informa que nenhuma lesão ou ameaça de lesão a direitos podem ser afastadas da apreciação do Poder Judiciário. Com isso, sequer a lei infraconstitucional pode obstar o alcance do Judiciário pelos jurisdicionados, salvo nas hipóteses excepcionais trazidas pela própria CRFB, como é o caso da jurisdição condicionada da justiça desportiva, de requerimentos previdenciários e do Habeas Data.
"Art. 5º. [...]
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;"
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Direito Tributário e Processo Tributário
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