Suas principais características são: Prestação pecuniária, pois o tributo depende do pagamento em dinheiro, que deve se dá em moeda corrente nacional. Portanto, não pode ser pagamento em prestação “in labore”, nem “in natura”. Prestação compulsória, afinal se o tributo cobrado é obrigatório, deve estar instituído em lei, pois ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa se não instituído em lei. Também deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Essa atividade é o lançamento tributário (que tem o intuito de constituir o crédito tributário). Dessa forma, o lançamento tributário, não está sujeito aos critérios de conveniência e oportunidade, porque esses critérios são aplicados a atos de natureza que tenham natureza discricionária. Por fim, o tributo não pode constituir uma sanção a ato ilícito, significando dizer que o tributo não deve ser confundido com multa, isto porque eles decorrem de atos diferentes, afinal a multa decorre da pratica de um ato ilícito, enquanto que o fato gerador de um tributo sempre decorrerá de um ato licito.
De acordo com o artigo 3º do Código Tributário Nacional, "tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada".
1. Prestação pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir:
A afirmação acima deixa claro que o pagamento deve ser feito em pecúnia, que significa dinheiro, ou expresso em moeda.
2.Prestação Compulsória:
O pagamento de tributos não é uma faculdade, mas sim uma obrigação.
3. Prestação instituída em lei:
"Art. 5º (...):
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão e virtude de lei;"
4. Prestação que não constitui sanção de ato ilícito:
A cobrança de tributos não possui o objetivo de punir, mas sim de arrecadar.
5. Prestação cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada:
Se você já estudou direito administrativo, sabe que os atos administrativos podem ser vinculados ou discricionários. Nos primeiros, não há outra opção, senão a prática do ato previsto em lei.
Podem ser classificados como:
- Vinculados: quando a instituição do tributo depende de uma “contraprestação do Estado”.
- Não vinculados: quando a existência do tributo independe de uma atividade específica do Estado em relação ao contribuinte.
- Fiscais: têm como objetivo a obtenção de receita para o Estado.
- Extrafiscais: objetivam a interferência na economia.
- Parafiscais: custeiam uma atividade paralela às funções típicas do Estado.
- Diretos: o contribuinte sofre uma diminuição patrimonial em virtude do tributo.
- Indiretos: o contribuinte, apesar de manter sua condição perante o Fisco, transfere para outra pessoa o ônus de custear o tributo.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.
Compartilhar