Da seguinte forma:
O fragmento de tecido ou órgão deve ser obtido com muita cautela e deve, após lavado em solução salina gelada para retirada do excesso de sangue, ser mergulhada em formol (fixação) para não mudar profundamente a estrutura das células. OBS: As peças histológicas não devem ser grandes.
Faz-se um processo de fixação, com objetivo de Evitar a autólise, Inativar enzimas, Coagular proteínas, Endurecer a peça, Impedir contaminação.
Formol propicia os efeitos citados, além de favorecer a reação do tecido com os corantes a serem empregados.
Há o processo de desidratação, que consiste em substituir a água ou o solvente aquoso do fixador por um solvente não polar como primeira etapa para a inclusão em parafina ou em resina.
A peça é imersa em álcoois a concentrações crescentes até que toda ou quase toda a água do tecido seja substituída por álcool. A desidratação deve ocorrer de forma gradativa para se evitar trocas osmóticas bruscas, que causariam alterações estruturais.
Diafanização: Remover o álcool, que substituirá a água no interior dos tecidos, por um solvente que seja, ao mesmo tempo, miscível com o álcool e com a parafina (xilol).
Observar o seguinte: Antes de transferir o material para o xilol deve-se testar colocando em um frasco transparente, com xilol, algumas gotas do álcool que continha a peça. A ausência de turvação indica a desidratação perfeita. Caso fique turvo, será preciso novo banho de álcool absoluto.
As etapas de desidratação e diafanização foram empregadas para se tornar possível a impregnação pela parafina, pois este hidrocarboneto (apolar) não é miscível em água (polar).
Parafinização: Processo pelo qual a parafina embebe os tecidos, ocupando todos os locais onde in vivo havia água, e solidariza o material em um bloco semi-rígido de parafina, do qual podem ser retiradas fatias delgadas, de cerca de 5μm.
Inclusão: Terminada a etapa de parafinização, o fragmento é colocado em blocos de papel contendo parafina derretida e espera-se até que a mesma solidifique em temperatura ambiente, mas o processo pode ser acelerado, pondo-se o bloco em água gelada ou no refrigerador.
Após serem eliminados os possíveis excessos, o material pode, então, ser levado para o micrótomo.
O exame microscópico exige transparência do tecido. Por esse motivo, o bloco de parafina é levado ao micrótomo e são realizados cortes delgadíssimos de, no máximo, 5 mm, facilitando a visualização ao microscópio. Esses cortes são colocados em banho-maria, para distendimento e despregueamento dos mesmos, e são, posteriormente, “pescados” em lâminas para serem corados.
Hidratação: Esta etapa consiste em mergulhar a lâmina em álcoois a concentrações decrescentes para repor parte da água do tecido em questão. Só ocorrerá a coloração se houver reidratação adequada do tecido, pois a hematoxilina e a eosina agem apenas em meio aquoso.
A reidratação é importante também pois não se pode passar o corte do xilol desparafinizador diretamente para a água, porque estas substâncias não são miscíveis e acabariam por originar um precipitado branco leitoso.
Coloração: A lâmina é mergulhada em hematoxilina (corante básico) e, em seguida, é lavada em água corrente (água para azulecimento), aumentando a eficácia da impregnação pela hematoxilina. Posteriormente, a lâmina é mergulhada em eosina (eosinato de sódio ou de potássio) para se corar as estruturas básicas do tecido.
Nova desidratação e diafanização: Estas duas etapas servem, respectivamente, para retirar o excesso de corantes, pela eliminação de água, e para repor o xilol, que auxiliará na fixação do bálsamo do Canadá.
A lâmina é enxugada com lenço de papel para se retirar o xilol em excesso, porém, tendo-se cuidado para não tocar o corte e danificá-lo. Por último, coloca-se uma gota do bálsamo do Canadá sobre a lamínula, deita-se a lâmina sobre essa e espera-se secar. A lâmina está pronta!
Fonte: Aula montada por mim com auxílio do professor do qual fui monitor no início do curso.
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