a) A boa-fé objetiva é uma cláusula geral? Em caso afirmativo, explique o porquê de a boa-fé objetiva adequar-se ao conceito de cláusula geral. Em caso negativo, indique de maneira justificada a que categoria pertence a boa-fé objetiva.
Sim.
A boa-fé objetiva pode ser vista como uma cláusula geral.
As cláusulas gerais são formulações genéricas e abertas da lei, normas orientadoras, e diretrizes, com termos vagos e imprecisos, dirigidas ao juiz, que lhe conferem liberdade para decidir "completando" a norma, sempre observando os princípios aplicáveis. Nelas o juiz encontra a possibilidade de exercer uma função criadora e passa a vigorar no sistema jurídico uma casuística jurisprudencial.
“Art. 113 do CC. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração”.
“Art. 422 do CC. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios da probidade e boa-fé”.
Veja que nestes artigos, o legislador fala em boa-fé, sem, contudo, determinar seu conceito.
A boa-fé objetiva se relaciona com a honestidade, lealdade e probidade com a qual a pessoa condiciona o seu comportamento. Juridicamente, o juiz tornará concreto o mandamento de respeito à recíproca confiança existente entre as pessoas, sejam elas partes de um contrato, litigantes ou participantes de qualquer relação jurídica.
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