Freud, no princípio de sua teoria, distinguia várias pulsões distintas que, com o aprimoramento da teoria, foram reduzidas a duas pulsões básicas (al. Urtriebe): eros, ou pulsão sexual, para a vida, e tânatos, ou pulsão agressiva, de morte. O autor via como base para essas pulsões o princípio de atração e repulsão, também presente na matéria. Todas as outras pulsões secundárias (desejos, sonhos, enfim, todos os diferentes tipos de impulsos interiores que guiam a ação humana) são vistas como frutos da combinação daquelas duas pulsões[1].
As pulsões são a origem da energia psíquica que se acumula no interior do ser humano, gerando uma tensão que exige ser descarregada. O objetivo do indivíduo seria, assim, atingir um baixo nível de tensão interna. Nesse processo de descarga de tensões psíquicas, as três estruturas da mente (id, ego e super ego) desempenham um papel primordial, determinando a forma como essa descarga se manifestará. Todos esses processos se desenvolvem inconscientemente[1].
A hipótese do comportamento humano ser guiado apenas pela necessidade de reduzir a tensão gerada pelas pulsões é considerada ultrapassada pela pesquisa empírica, uma vez que a falta de estímulos leva o indivíduo a buscá-los ativamente, aumentando assim a tensão interna (assim, p. ex., pessoas curiosas ou que buscam emoções fortes). A teoria de Freud, entanto, deixou uma influência duradoura sobre a pesquisa da motivação sobretudo sob dois aspectos: (1) o conceito de projeção, ou seja, de que desejos inconscientes são capazes de influenciar a percepção consciente e (2) a ideia de que os objetivos perseguidos pelo comportamento humano não são necessariamente conscientes[1].
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