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Interpretação jurídica e Subsunção

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DLRV Advogados

A interpretação jurídica se presta a entender o real sentido e significado das expressões contidas nos textos da lei, se utilizando dos preceitos da hermenêutica. 

A hermenêutica pode ser considerada a arte de interpretar as leis, estabelecendo princípios e conceitos, que buscam  formar uma teoria adaptada ao ato de interpretar. 

Existem diversos métodos hermeneuticos. Em julgados, o Supremo já se utilizou de métodos de hermeneutica clássica, sistematizados por Savigny, como:

  • Método Gramatical – busca o sentido literal ou textual da norma jurídica;
  • Método Sistemático – resulta da correlação de todos os dispositivos normativos de um texto jurídico. Também denomina-se Filtragem Hermenêutica;
  • Método Histórico – busca do passado para compreender o sentido atual da norma. Ou seja, trata-se da identificação de momentos e fatos históricos que interferiram na criação da norma jurídica;
  • Método Sociológico –se baseia na eficácia social, ou seja, analisa-se a norma de tal modo a não haver uma injustiça social; e
  • Método Teleológico ou Finalista – busca a finalidade da norma. Assim, supera-se a realidade escrita da norma, embasando-a por princípios.

A Suprema Corte também já se utilizou de métodos hermeuticos modernos:

  • Método Tópico-problemático – criado por Viehweg . Tal método inicia-se com a análise do caso concreto para depois buscar a melhor norma jurídica. Método contrário ao positivismo jurídico;
  • Método Hermenêutico-concretizador – criado por Konrad Hesse. Este método seria conduzido pelo que ele denomina de pré-compreensão – conjunto de valores, visões de mundo, crenças que o intérprete incorpora na sua própria consciência dentro de seu espaço interpretador, mergulhado numa cultura, num conjunto de valores num dado contexto histórico-cultural. Assim, além dos elementos objetivos, devem-se somar elementos subjetivos para a aplicação da norma;
  • Método Científico-cultural – método criado por Rudolph Smend, busca apaziguar conflitos sociais por meio da conciliação. Assim, o interprete deve-se atentar às medidas conciliatórias para aplicar a melhor solução jurídica ao caso;
  • Método Normativo-estruturante – criado por Müller, defende-se que o conceito de norma abarca uma dúplice perspectiva, a de norma constitucional como texto normativo e, a de norma constitucional com âmbito normativo. Assim, a norma jurídica deve ser, também, instrumento do cidadão para que este evite abusos do Poder Público.

A subsunção, por sua vez, é a ação de incluir uma situação em algo maior, mais amplo. Como definição jurídica, configura-se a subsunção quando o caso concreto se enquadra à norma legal em abstrato. É a adequação de uma conduta ou fato concreto (norma-fato) à norma jurídica (norma-tipo).

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Eduardo Policaro

SUBSUNÇÃO para KARL ENGISH é "o ato de encaixar o caso concreto no tipo legal"

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