A história da cultura humana sempre buscou estabelecer uma relação entre ética e política. Sobre o assunto, julgue a alternativa INCORRETA

A palavra ética, etimologicamente, relaciona-se com duas palavras gregas: éthos e areté. Éthos, segundo a sua origem grega, pode ser entendida como “costume”, “uso”, “hábito”, mas também pode ser compreendida como caráter, temperamento, índole, maneira de uma pessoa ser. Já areté significa o mérito ou a qualidade que algum indivíduo tem de mais excelente ou as suas virtudes: corpo, alma e inteligência.

Antes mesmo dos ideais liberais modernos, uma ruptura ainda mais incisiva entre ética e política foi promovida por Nicolau Maquiavel. Esse, buscou promover uma ruptura entre o campo do dever/ser (determinado pela ética) e a realidade dos fatos, que é o objeto de estudo da política.

A marca característica da ética na Antiguidade era a sua indissociabilidade da política. Para Platão, a constituição da polis deve passar por governantes sábios, justos e virtuosos.

Desde a Antiguidade, a relação entre ética e política era indissociável, algo que se rompeu no Renascimento e voltou à discussão para a reaproximação de ética e Direito com a crise da modernidade e das instituições sistêmicas.

Tomás de Aquino, dizia que a ética é condição de realização do indivíduo ou, mais precisamente, uma vida virtuosa se valendo da razão. O mesmo podemos dizer da política, que é condição de autorrealização da polis. Dessa forma, a ética e política estão separadas, da mesma forma como indivíduo e cidadão podem ser separados.