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Como funciona o federalismo trino do Brasil, dentro da triplice capacidade?

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Solon Flores

Por decorrer de um Estado Unitário, o Federalismo brasileiro, instaurado com a Constituição de 1891, se caracteriza por ser uma forma de ente federativo centrífugo, no qual há uma unidade federal, e não várias como nos EUA. No quesito da triplicidade, a União é representada mediante três poderes - executivo, legislativo e judiciário, que "dialogam" entre si através do método de freio e contrapesos, que garante funções típicas e atípicas para cada poder a fim de que um não se sobreponha ao outro.

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Especialistas PD

Nathalia Masson ensina que, “quanto às esferas integrantes da federação, temos o federalismo de segundo e de terceiro grau. O primeiro, de segundo grau (ou bidimensional), é típico nessa forma de Estado que, para se constituir, somente precisa de uma ordem jurídica central (primeiro grau) e das ordens jurídicas regionais (segundo grau). Criado nos Estados Unidos da América, pátria do conceito de federação, é adotado na maioria das federações mundo afora.

No Brasil, a partir da Constituição de 1988, os Municípios foram alçados à categoria de entes federados, o que fez com que fosse somada às duas ordens já existentes (central - representada pela União; e regional - representada pelos Estados-membros) uma terceira: a local, instituída pelos Municípios, recém integrados à estrutura federativa. Nesse contexto, nosso federalismo é de terceiro grau (ou atípico ou tridimensional).”

A Constituição Federal, depois de optar por esse modelo de federalismo, repartiu as competências, administrativas e legislativas, entre os três níveis de entes federados. Quanto à repartição de competências, a professora afirma: “Na Constituição da República de 1988 temos um sistema de repartição de competências que prevê para cada ente atribuições próprias (particulares, que serão cumpridas isoladamente), mas também muitas tarefas comuns, que serão cumpridas por meio de colaboração recíproca entre as entidades federativas. O federalismo cooperativo está, pois, bastante acentuado no nosso atual documento constitucional.” (Manual de Direito Constitucional. 4ª ed. pgs. 501-503).

As competências legislativas e administrativas de cada ente podem ser encontradas nos arts. 21-24 da Constituição Federal e podem ser assim classificadas:

  • Competência administrativa exclusiva da União – prevista no art. 21 da CF/88;
  • Competência administrativa comum da União, Estados, DF e Municípios – prevista no art. 23 da CF/88;
  • Competência legislativa privativa da União – prevista no art. 22 da CF/88;
  • Competência legislativa concorrente da União, Estados e DF – prevista no art. 24 da CF/88;
  • Competência legislativa delegada pela União aos Estados – prevista no art. 22, parágrafo único, da CF/88 – Permite que a União atribua aos Estados, via Lei Complementar, a competência para tratar de questões específicas de sua competência privativa (aquelas do art. 22 e seus incisos)

Art. 22. (...)

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

 

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