O pedágio tem natureza jurídica de tarifa.
Nesse sentido, Ricardo Alexandre afirma: “fica fácil perceber que no caso de concessão daadministração e exploração de rodovias por terceiros (particulares), o valor cobrado pela utilização será necessariamente tarifa (preço público), exação de direito privado. Por conseguinte, não estará o concessionário sujeito às amarras do Direito Tributário (legalidade, anterioridade, noventena, entre outras estudadas neste Capítulo 2), nem gozará de algumas das prerrogativas típicas do regime publicista (compulsoriedade, privilégios processuais etc.).” (Direito tributário esquematizado. 10. ed. pg. 175)
O STF também entende dessa forma, conforme decidido na ADI 800/RS.
Sobre o tema, vale observar também a Lei 10.233/2001, que institui a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT:
Art. 26. Cabe à ANTT, como atribuições específicas pertinentes ao Transporte Rodoviário:
(…)
VI – publicar os editais, julgar as licitações e celebrar os contratos de concessão de rodovias federais a serem exploradas e administradas por terceiros;
(…)
§ 2.º Na elaboração dos editais de licitação, para o cumprimento do disposto no inciso VI do caput, a ANTT cuidará de compatibilizar a tarifa do pedágio com as vantagens econômicas e o conforto de viagem, transferidos aos usuários em decorrência da aplicação dos recursos de sua arrecadação no aperfeiçoamento da via em que é cobrado”.
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Direito Constitucional I
•Anhanguera
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