Nos meios forenses, é comum o uso dos verbos pedir erequerer como se fossem sinônimos. No campo do Direito Processual, porém, há diferença entre eles?
PEDIR E REQUERER. EXISTE DIFERENÇA?
Nos meios forenses é comum o uso dos verbos pedir e requerer como se fossem sinônimos. No campo do Direito Processual, porém, há diferença entre eles.
Quem zela pela boa técnica rotula de “requerimento” o pleito de natureza processual. Assim, o correto é requerer – e não pedir – a juntada de um documento, a produção de certa prova, a realização de determinada diligência, o prosseguimento do processo e a designação de data para realização de uma audiência, por exemplo.
Já o “pedido” está sempre vinculado à obtenção de uma tutela jurisdicional. Por isto, o certo é pedir – e não requerer – que seja imposta uma obrigação ao réu, que sejam antecipados os efeitos da tutela, que a sentença tenha determinado conteúdo e que seja dado provimento a um recurso, dentre outros casos.
Infelizmente, o legislador, no CPC, não é muito cuidadoso com o uso de tais verbos, fomentando, com isto, a ideia de que eles podem ser utilizados indistintamente.
Quem preferir utilizar vocábulos mais genéricos, pode lançar mão dos verbos postular e pleitear. Estes, sim, podem ser utilizados indistintamente, tanto para as situações de natureza processual, como para a obtenção de uma tutela jurisdicional.
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