Antes da Reforma, se o Reclamante (autor da ação) não comparecesse à primeira audiência, a reclamação trabalhista era arquivada (extinção do processo sem resolução de mérito, ou seja, sem a avaliação do direito pelo juiz) e o Reclamante poderia mover a reclamação novamente sem ônus.
Agora, após a reforma, ausência do Reclamante na audiência inaugural continua implicando o arquivamento da reclamação. Entretanto, ocorrido o arquivamento, o Reclamante será condenado ao pagamento de custas do processo ainda que beneficiário da gratuidade de justiça. Se houver a comprovação, no prazo de 15 dias, de motivo legalmente justificável, o reclamante não irá pagar as custas (art. 844, § 2º, da CLT) e o seu pagamento é condição para a propositura de nova demanda. Assim, se não pagar não pode mover nova reclamação.
Já ausência do Reclamado (réu da ação) na audiência inaugural implica em revelia, o que não mudou. O que mudou foi a perspectiva da revelia. Os efeitos da revelia são a confissão, a fluência dos prazos independente de notificação do revel (salvo a sentença), possibilidade de julgamento antecipado do mérito.
Importante destacar que esses são os efeitos da ausência das partes na primeira audiência do processo, que poderá ser uma audiência inicial ou diretamente de instrução e julgamento. No caso da ausência das partes nas audiências de instrução e julgamento, há a “confissão recíproca”, ou seja, diante do não comparecimento das partes o juiz julgará a causa através do “ônus da prova”, ou seja, apenas serão consideradas as provas trazidas aos autos pelas partes em sua petição inicial e/ou contestação.
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