Pichón-Riviére define ECRO, como um conjunto organizado de conceitos gerais, teóricos, referidos a um setor do real, a um determinado universo de discurso, que permite uma aproximação instrumental ao objeto particular (apud ADAMSOM, 2008, p. 01). De maneira mais clara, pode-se dizer que ECRO é o conjunto de experiências, conhecimentos e afetos com os quais o sujeito pensa/sente/age.
Diz respeito ao Esquema Conceitual, Referencial e Operativo com o qual se opera no campo da psicologia social. O “E” designa esquema, sendo este entendido como conjunto articulado de conhecimentos. Esquema conceitual é um sistema de ideias que alcançam uma vasta generalização. Trata-se de um conjunto de conhecimentos que proporciona linhas de trabalho e investigação. A investigação psicológica destituída de um sistema conceitual adequado seria ineficiente.
ECRO é uma ferramenta analítica com diversas variações e contextos. Pode ser aplicado em diferentes categorias de trabalho, onde uma imagem geral é necessária. É usado para fazer distinções conceituais e organizar ideias.
Estruturas conceituais fortes capturam algo real e fazem isso de uma maneira fácil de lembrar e aplicar. Isaiah Berlin usou a metáfora de uma "raposa" e um "ouriço" para fazer distinções conceituais sobre a importância que os filósofos e autores vêem no mundo. Berlin descreve ouriços como aqueles que usam uma única idéia ou princípio organizador para ver o mundo. As raposas, por outro lado, incorporam um tipo de pluralismo e vêem o mundo através de lentes múltiplas, às vezes conflitantes.
Os economistas usam a ECRO para distinguir entre o comportamento e os sistemas de incentivo das empresas e dos consumidores. Como muitas estruturas conceituais, a oferta e a demanda podem ser apresentadas através de representações visuais ou gráficas. Tanto a ciência política quanto a economia usam a teoria do agente principal como uma estrutura conceitual.
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