O Estado pode intervir na economia, o que lhe dá esse respaldo?
A intervenção do Estado no domínio econômico, nada mais é do que todo ato ou medida legal que restrinja, condiciona ou tenha por fim suprimir a iniciativa privada em determinada área, visando assim, o desenvolvimento nacional e a justiça social, assegurados os direitos e garantias individuais.
Dentre os motivos determinantes para o surgimento da intervenção estatal na economia, despontam o fracasso do mercado e a necessidade de recriá-lo com o Estado que assumisse determinadas responsabilidades.
Outrossim, a intervenção teve por fim garantir a livre competição e a eliminação da desigualdade.
O Estado pode interferir na ordem econômica de modo direto ou indireto.
Assim, tem-se tanto a exploração direta da atividade econômica pelo Estado, quanto o Estado agindo como agente normativo e regulador da atividade econômica. Com isso, pode estatal pode ser um agente econômico ou um agente disciplinador da economia.
Analisando a Constituição Federal, ressalta-se que esta reconhece duas formas de ingerência do Estado na ordem econômica: a participação e a intervenção.
O Artigo 173, caput, da CF/88, descreve que, ressalvados os casos previstos na Constituição:
A exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. (grifo nosso).
Já o Artigo 174, caput, afirma que:
Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
Quando se fala em atuação direta, o próprio Estado atua na economia de um país, seja em regime de monopólio, seja de participação com as empresas do setor privado.
Porém, quando há atuação indireta, prepondera o princípio da livre-concorrência, e o Estado visa evitar abusos como os decorrentes de cartéis, por exemplo.
O poder do Estado emana do povo, e, em nome deste, deve o Estado agir para atender seus interesses reais e programáticos, inclusive intervindo na economia quando necessário.
Uma das justificativas da intervenção na economia pode ser a necessidade de regulação de alguns nichos do setor privado, os quais necessitam de regulação para uma competição mais sadia e benéfica para o conjunto da população.
O Estado pode também intervir com vistas a estimular o crescimento da economia, reduzir desigualdades e investir em setores estratégicos para os seus interesses.
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