O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro, sendo cabível somente nas hipóteses deanulabilidade.
A confirmação pode ser expressa ou tácita e retroage à data do ato.
A confirmação é expressa quando há uma declaração de vontade que contenha a substância do negócio celebrado, sendo necessário que a vontade de mantê-lo seja explícita (art. 173 - CC), devendo observar a mesma forma do ato praticado.
O ato de confirmação deverá conter a substância da obrigação confinada e a vontade expressa de confirmá-la. Logo, preciso será que se deixe patente a livre intentio de confirmar ato negocial que se sabe anulável, devendo-se, para tanto, conter, por extenso, o contrato primitivo que se pretende confinar, indicando-o de modo que não haja dúvida alguma. Não se poderá fazer uso de frases vagas ou imprecisas, pois a vontade de ratificar deverá constar de declarações explícitas e claras.
Tácita é a obrigação já foi cumprida em parte pelo devedor, ciente do vício que a inquinava (art. 174 - CC), ou quando deixa consumar-se a decadência de seu direito.
A vontade de confirmar está ínsita, pois, mesmo sabendo do vício, o confirmador não se importou com ele, e teve a intenção de confirmá-lo e de reparar a mácula.
Expressa ou tácita, importa a extinção de todas as ações ou exceções de que dispusesse o devedor contra o negócio anulável (art. 175 - CC).
Assim se, o ato for passível de anulação, o lesado poderá lançar mão de uma ação, mas se houve confirmação expressa ou tácita, subentende-se que houve renúncia a qualquer providência que possa obter a decretação judicial da nulidade relativa.
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