Diz-se que a conduta é antijurídica ou ilícita quando em contrariedade com alguma norma do Direito.
Pode-se dizer que é uma relação de desconformidade entre a conduta e o direito.
A tipicidade, como visto, é elemento indiciário da antijuridicidade. Em outras palavras, toda conduta típica é, em regra, contrária ao direito. Mas nem toda a violação a bem jurídico descrito no tipo penal constitui crime. Se o tipo penal descreve a violação de um bem jurídico, a antijuridicidade vai representar uma valoração a esta violação.
É a consciência e vontade de realização típica. Possui, portanto, dois elementos: o cognitivo e o volitivo.
Pela teoria clássica, o dolo era normativo, pois possuía a consciência da ilicitude e era uma das espécies de culpabilidade; a teoria finalista deslocou a consciência da ilicitude para a culpabilidade e o dolo para o tipo, visto que toda ação humana é voltada para um fim; como o dolo está na ação e ela está no tipo, o dolo está no tipo.
Culpa é a inobservância do dever objetivo de cuidado, fazendo com que o comportamento produza um resultado não querido, porém previsível. O Direito Penal protege o bem jurídico não só contra condutas dirigidas para finalidades ilícitas, mas também contra condutas mal dirigidas para finalidades lícitas – a culpa é tão finalista quanto o dolo, mas na culpa, o agente não tem uma finalidade proibida pelo Direito, embora realize um resultado proibido por ele. Mas só há punição por crime culposo quando expressamente prevista.
Crimes Omissivos: são cometidos por meio da inação (omissão), ou seja, o sujeito nada faz, como, por exemplo, na omissão de socorro (art. 135).
Ex: A deixa de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, a criança abandonada. Comete o crime de omissão de socorro.
Art 18. Diz- se crime:
I- doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de prozil-lo
II- culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Já a contuda omissiva está tipificada no art 13 CP. Mas de uma forma mais clara, significa deixar de fazer quando deve e pode fazer algo. Temos a omissão qualificada (improprio) que é o caso de o agente ter o dever de fazer e não fazer. A omissão qualificada está tipificada no art. 13.§ 2º. C.P.
A conduta dolosa é aquela em que há a vontade do agente em praticar o delito (dolo direto) ou a assunção do risco de produzir o resultado (dolo eventual). A conduta culposa é a violação de um dever objetivo de cuidado; embora o agente não quisesse produzir determinado resultado, ele ocorreu devido a um comportamento negligente, imprudente ou de imperícia, lembrando que somente há crime na modalidade culposa quando a lei expressamente o preveja. A culpa poderá ser inconsciente (culpa propriamente dita) ou consciente (quando há a previsibilidade objetiva do resultado, mas o agente se investe em um sentimento de autoconfiança tal, que não acredita que o resultado irá ocorrer).
O dolo eventual e a culpa consciente se confundem muito na prátca. Eu aprendi da seguinte forma a diferenciá-los: Culpa Consciente (FUDEU!!): O resultado é surpreendente... Dolo Eventual: (FODA-SE!!): O agente não se preocupa com o resultado.
A omissão, por sua vez, é a conduta negativa, ou seja, é um não-fazer do sujeito que estava obrigado a agir. É penalmente relevante quando o sujeito é um garantidor, ou seja, tem o dever de agir (nos termos do art. 13, §2º, do Código Penal) e não impedido -- situação em que irá responder pelo resultado --, ou quando o sujeito puder prestar assitência a alguém que necessite e não o faz, tampouco procura ajuda de outrem (art. 135, CP).
Na conduta culposa, a omissão é caracterizada na negligência.
Abraço!
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