O crime omissivo impróprio também chamado de comissivo por omissão, traduz no seu cerne a não execução de uma atividade predeterminada juridicamente exigida do agente. [1]
São crimes de evento, isto porque o sujeito que deveria evitar o injusto é punido com o tipo penal correspondente ao resultado. [2]
Todavia o que faz de um delito omissivo, comissivo por omissão é a posição de garantia do agente. Assim, o salva-vidas que assiste, inerte, ao afogamento de um banhista incorre na prática do delito de homicídio (comissão) por omissão. [3]
É dizer que nos crimes omissivos puros viola-se um dever legal de agir, enquanto que na omissão imprópria o dever de operar do agente decorre de uma norma proibitiva mas se erige de uma posição garantista. Logo, na omissão pura integra o tipo, o não atendimento da ação devida; por isso, tem-se na omissão imprópria uma desatenção (indireta, por omissão) “à norma proibitiva de causar o resultado”. [4]
Assim, tanto na omissão própria como nos crimes comissivos por omissão (e nos crimes de omissão e resultado, como sugere a classificação tripartida dos delitos omissivos), há a essência de uma omissão, manifestando, todavia, vultuosa relevância na estrutura típica destes delitos. [5]
Os crimes omissivos impróprios. O crime omissivo impróprio, também chamado de comissivo por omissão, traduz no seu cerne a não execução de uma atividade predeterminada juridicamente exigida do agente.
O crime por omissão acontece quando um indivíduo deixa de fazer algo que estava previsto em lei. A omissão pode ser própria ou imprópria. Na omissão própria o agente que não está na posição de garantidor deixa de fazer algo que estava obrigado legalmente, sendo que, na omissão imprópria o indivíduo está na posição de garantidor.
Ex1.: Uma pessoa A ver outra no meio da rua com lesões e não faz nada para impedir um resultado pior. Nesse caso há uma omissão de socorro conforme o artigo 135 do Código Penal, sendo que, esse dever, em regra, é imposto a todos.
Ex2.: Um policial ver um agente criminoso subtraindo os bens de uma loja durante a noite e permanece inerte não fazendo nada para evitar o furto. Nesse caso o policial irá responder por furto também em virtude da sua condição de garantidor em relação à omissão imprópria.
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Direito Penal IV
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