com a guarda compartilhada no Brasil, pode se dizer que terá fim alienação parental?

Infelizmente não. A nova lei da guarda compartilhada visa abolir a alienação parental e aproximar a convivência familiar, porém como esse instituto pode ser imposto mesmo sem o consenso de um dos genitores fica dificil por fim a tal situação.

Não . Mesmo sendo lei hoje a guarda compartilhada , o ser humano por sua essência extremamente individualista , não se dará por vencido  por essa lei . Em muitos casos ainda existirá alienação parental qd o divórcio não for de comum acordo.Ainda tem muita discursão pela frente.

Jessika, já fiz algumas pesquisas na área e conheço um pouco sobre o tema. Então vamos lá.
Primeiro, o legislador tentou tornar a alienação parental como crime, mas ela não é. Em casos constatados o que cabe para o genitor alienador é meramente uma multa (sanção civil). De acordo com o ECA, a alienação parental é apenas uma infração administrativa.
Mas vamos a sua pergunta: "com a guarda compartilhada no Brasil, pode se dizer que terá fim alienação parental?"
Bem, por mais otimista que tentemos ser, julgo que não! O intuito da guarda compartilhada é de fato estreitar os laços familiares, fazer com que a criança ou o adolescente não se torne órfã de pai (ou mãe) vivo(a). Mas na verdade os atos que geram a SAP (Síndrome da alienação parental) são "silenciosos", "tímidos" demais. O alienante não possue o intuito de causar algum mal (psicológico) aos seus filhos, mas com pequenas e sutis atitudes vai estimulando o distanciamento. Como poderia o Estado intervir nesse estágio inicial? Com o aparato que temos hoje, acredito ser praticamente impossível. Há ainda a urgente necessidade de estabelecer políticas públicas para que a população tome conhecimento da lei, do que ela veio tutelar e até mesmo das graves consequências que a SAP pode causar. Em minhas pesquisas constatei que nível mais crítico da SAP é quando chegamos ao estágio da implantação das "falsas memórias". Aqui a mãe induz a criança acreditar que sofreu abuso sexual e a criança de fato acredita. PAIS já foram injustamente presos por isso. Por isso, reitero a minha resposta. Por mais adequado que seja o instituto de guarda compartilha, ela não é capaz de pôr termo à alienação parental ( pode e espero que minimize). Precisamos não somente de uma lei, precisamos de divulgação, de políticas públicas e de profissionais capacitados para identificar os casos.
Sua pergunta é muito boa, diferente de muitas que vemos aqui no passeidireito, permite um debate muito amplo, rico, delicado e NECESSÁRIO. Parabéns!