Será mesmo que a redução da maioridade penal poderá ser um "Remédio" para a criminalidade, ou não passa de um meio repressivo e momentâneo? Qual seria a melhor estratégia para mudar a história da criminalidade contemporânea?
Além de não trazer quaisquer resoluções para o atual índice de criminalidade, os efeitos da redução da maioridade penal seriam catastróficos para toda sociedade, por exemplo:
- Com 16 anos posso ser punido segundo o ordenamento penal, mas não posso obter carteira de habilitação?
- Com 16 anos posso ser punido segundo o ordenamento penal, mas não poderei realizar negócios jurídicos na esfera cível?
- Com 16 anos posso ser punido segundo o ordenamento penal, mas não poderei casar-me sem que haja por escrito autorização dos meus pais ou juízo competente?
- Com 16 anos posso ser punido segundo o ordenamento penal, mas não poderei adotar uma criança?
Estes questionamentos são apenas alguns, dentre tantos outros acerca deste tema tão controverso.
Além do mais, as mídias sociais têm se utilizado deste pressuposto para gerar sensacionalismo visando obter maior índice de ibope, não se preocupando com a ordem social, pois seus programas exploram justamente a desordem e a anarquia como fonte de notícias.
Outro cuidado a se tomar, é que geralmente a banda podre legislativa do nosso país utiliza-se destes temas polêmicos como manobra de massa e manipulação de outras votações dotadas de interesses escusos ocultas dos holofotes sociais (fiquemos atentos).
Como operadores do Direito, jamais podemos pensar de forma imediatista, pois o convívio e arquitetura social se move em complexidade com o todo, amparada pelo regramento e inferência do senso de responsabilidade e equilíbrio humanos, os quais tendem a serem fortalecidos com a maturidade.
A sociedade é um todo equilibrado formado por pequenas partes, quaisquer desequilíbrios nestas partes tendem a alterar completamente o todo, afetando a vida de muitas pessoas.
Pensar com responsabilidade é auferir valor em todas as vertentes e variáveis possíveis que sofrerão as consequências das nossas escolhas.
Até logo...
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