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Quais as características dos atos discricionários e exemplos.

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Lucas Neumann

São aqueles que a administração pode praticar com a liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua oportunidade e do modo de sua realização, dentro das opções que a própria lei prevê. Ex. autorização e permissão.

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Especialistas PD

Maria Sylvia Zanella Di Pietro define atos discricionários como aqueles em que “a lei deixa certa margem de liberdade de decisão diante do caso concreto, de tal modo que a autoridade poderá optar por uma dentre várias soluções possíveis, todas válidas perante o direito. Nesses casos, o poder da Administração é discricionário, porque a adoção de uma ou outra solução é feita segundo critérios de oportunidade, conveniência, justiça, equidade, próprios da autoridade, porque não definidos pelo legislador. Mesmo aí, entretanto, o poder de ação administrativa, embora discricionário, não é totalmente livre, porque, sob alguns aspectos, em especial a competência, a forma e a finalidade, a lei impõe limitações. Daí por que se diz que a discricionariedade implica liberdade de atuação nos limites traçados pela lei; se a Administração ultrapassa esses limites, a sua decisão passa a ser arbitrária, ou seja, contrária à lei.

Pode-se, pois, concluir que a atuação da Administração Pública no exercício da função administrativa é vinculada quando a lei estabelece a única solução possível diante de determinada situação de fato; ela fixa todos os requisitos, cuja existência a Administração deve limitar-se a constatar, sem qualquer margem de apreciação subjetiva.

E a atuação é discricionária quando a Administração, diante do caso concreto, tem a possibilidade de apreciá-lo segundo critérios de oportunidade e conveniência e escolher uma dentre duas ou mais soluções, todas válidas para o direito” (Direito Administrativo. e-book. 31ª ed. pg. 292)

Portanto, pode-se dizer que os atos discricionários têm como principal característica um alto grau de liberdade conferido ao administrador público quando da tomada de decisões.

A título de exemplo, a nomeação de um servidor público é um ato administrativo vinculado na medida em que cabe a autoridade competente tem o poder de avaliar se há ou não necessidade de novos servidores bem como de definir o melhor momento para a nomeação. No entanto, a liberdade não é total: os aprovados dentro do número de vagas previsto no edital tem direito subjetivo à nomeação, ou seja, o administrador terá que nomeá-los, mas pode escolher quando nomeá-los.

 

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