Edema é o acúmulo de líquido no tecido subcutâneo que ocorre quando os fluidos dentro dos vasos sanguíneos ou linfáticos extravasam para a pele. É constituído por uma solução de sais e proteínas do sangue, que variam de acordo com a causa do edema. A doença ocasiona inchaço em regiões como mãos, braços, tornozelos, pernas e pés, mas pode atingir qualquer outra área do corpo.
Quando o líquido se acumula em diversas áreas ou por todo o corpo é denominado como edema generalizado. Caso ocorra em locais determinados é edema localizado, como o caso de inchaços em pernas de indivíduos que possuem varizes.
Os edemas se apresentam de duas formas: localizado e generalizado (também chamado de anasarca).
Quando generalizado, os edemas se acumulam pelo corpo inteiro, principalmente pernas, braços, mãos e o rosto. Porém, também podem ocorrer dentro do abdômen (ascite) e dentro do pulmão (edema pulmonar ou derrame pleural). Já os edemas localizados se limitam a comprometer somente um determinado local do corpo. As áreas mais atingidas costumam ser a vagina, ânus e boca.
O edema também pode ser classificado de acordo com seu conteúdo: transudato e exsudato. O edema transudato, ou mole, é constituído apenas por água. O exsudato, ou duro, tem água e proteínas em sua composição. Esse tipo de edema geralmente é inflamatório e causa dor, rubor e calor.
Ocasionado por excesso de água e sódio, os edemas comuns costumam ser inchaços generalizados.
Acúmulo excessivo de água em uma região delimitada ou de todo o cérebro. O aumento de líquidos internos causa o inchaço e crescimento do seu volume, gerando mais pressão intracraniana.
O edema idiopático é comum, porém apresenta origem desconhecida. Sabe-se que ocorre em mulheres entre 20 e 50 anos, geralmente que utilizam os seguintes medicamentos em grandes quantidades e sem acompanhamento profissional: diuréticos, que auxiliam na eliminação do sódio e água através da urina; e catárticos, que favorecem a eliminação das fezes.
Os inchaços se localizam nos membros e no rosto, mas podem atingir o corpo inteiro. Hoje, após o avanço de diversas pesquisas, acredita-se que a origem seja um ou mais dos seguintes fatores:
O edema idiopático está também associado ao período menstrual, em um processo de vai e volta a cada mês.
A glote é uma estrutura anatômica localizada na laringe com a função de facilitar a entrada e saída de ar para os pulmões e impedir a passagem de alimentos na região respiratória. O edema de glote é uma reação alérgica que causa inchaço nessa estrutura, o que prejudica seu funcionamento.
O linfedema deve-se ao acúmulo de linfa, líquido incolor transportado pelo sistema linfático. Esse tipo da doença é resultado de um bloqueio ou destruição do sistema circulatório linfático ou por uma condição hereditária que causa anormalidade dos vasos linfáticos. Geralmente atinge as pernas, como no caso da doença elefantíase, que apresenta o edema acompanhado de grande deformação dos membros inferiores.
No edema macular diabético ocorre o acúmulo de líquido na mácula, estrutura situada na região central da retina. Esse acúmulo de fluídos acontece pelo excesso de açúcar no sangue, o que prejudica os vasos sanguíneos. A doença causa inchaço da retina e prejudica seu funcionamento.
É um edema localizado que ocorre em casos de hipotireoidismo, por causa do acúmulo de água, sais e proteínas específicas produzidas na doença. É caracterizado por ser duro e o aspecto da pele ser opaco.
Edema ósseo ocorre dentro do osso, diretamente associado a contusões ósseas, fraturas ou um trauma periarticular, ou seja, nas regiões de tensões e ligamentos. Esse tipo da doença acontece com raridade.
É uma lesão na camada superficial das pregas vocais ocasionada pelo acúmulo de líquido ou material gelatinoso. Os pacientes que adquirem esse tipo da doença passam por transformações na voz, que assume o aspecto rouco e grave. O edema de Reinke é causado pelo fumo ou abuso vocal.
O edema periférico é o inchaço que atinge os pés, tornozelos, pernas, mãos e braços em decorrência do acúmulo de líquidos. O distúrbio é comum de se manifestar entre os idosos.
É o acúmulo anormal de líquido nos pulmões que diminui a eficiência da passagem de ar, causando insuficiência respiratória. É um problema comum em situações de distúrbios vasculares ou da pressão pulmonar. O edema pulmonar pode ou não estar associado com doenças cardíacas.
Também chamado de angioedema, edema angioneurótico ou urticária gigante, o edema de Quincke é caracterizado por atingir, principalmente, os tecidos moles do organismo, como lábios, pálpebras, genitália, língua, laringe, entre outros. Sua causa está associada à urticária, anafilaxia, doença do soro e alergia alimentar, medicamentosa ou ao veneno de abelhas, vespas e formigas.
Os vasos sanguíneos e linfáticos são permeáveis e apresentam poros que permitem a saída e entrada de células, bactérias, proteínas e água. O edema ocorre quando os líquidos dos vasos extravasam e se acumulam na pele, o que pode acontecer nas determinadas situações:
Permanecer em pé ou sentado por muito tempo, principalmente no calor, pode causar o acúmulo de líquidos e, sucessivamente, edemas nas pernas. Durante temperaturas quentes, o corpo é menos eficiente na remoção de fluídos dos tecidos, especialmente em torno dos tornozelos.
O aumento da permeabilidade da parede dos vasos sanguíneos é uma reação auto-imune do corpo que visa facilitar a chegada de células de defesa em um processo inflamatório, seja infecção, alergia ou trauma. Com o alargamento dos poros, os líquidos dos vasos extravasam em quantidades maiores para os tecidos, o que ocasiona o inchaço.
As causas deste mecanismo podem ser:
A pressão oncótica é gerada pelas proteínas do sangue, especialmente pela albumina e pelas globulinas. Quando há redução dessa pressão no plasma sanguíneo ocasiona numa concentração menor de proteínas, o que faz água extravasar para os tecidos a partir da osmose — processo de passagem de líquidos de um meio com menor concentração de sal para um com maior concentração.
Quando o paciente possui alguma doença que diminua as proteínas sanguíneas, serão formados edemas que resultam da baixa pressão oncótica, mesmo que a pressão das veias seja normal. Como a falta de proteína afeta o corpo inteiro, o edema é generalizado.
As seguintes doenças podem reduzir a pressão oncótica:
O aumento da pressão hidrostática consiste na elevação da pressão dentro das veias que espreme o líquido em seu interior até extravasar pelos poros em direção ao exterior. Pode ocorrer por dois motivos:
Quando há o aumento da pressão nas veias o sangue tem dificuldade de fazer o retorno ao coração, por isso se acumula nos tecidos. Esse processo pode ser causado por obstrução das veias ou incompetência do funcionamento das válvulas, em ambos casos é denominado como insuficiência venosa.
Caracterizado pela retenção de água e sódio (sal) pelo rim. O acúmulo de sal acarreta no aumento da quantidade de água corporal, sucessivamente, da pressão arterial e venosa, favorecendo o aparecimento de inchaços.
O aumento da pressão hidrostática pode ser causado por:
O edema de origem linfática é comum em doenças como elefantíase, nos cânceres, na obesidade mórbida e na insuficiência venosa grave e não tratada. Também pode ocorrer nos braços de pacientes que realizam mastectomia — cirurgia da remoção completa da mama — com retirada de gânglios da axila.
Os sintomas dependem de acordo com a quantidade de edemas que o indivíduo possui no corpo e no lugar que estão localizados. Mas, no geral, ocorre o seguinte:
Além dos sinais semelhantes, os sintomas do edema variam de acordo com a causa da doença. Os sintomas específicos mais comuns são:
De origem linfática, o linfedema se diferencia por não deter a presença de cacifo, por atingir os membros de forma assimétrica e ser mais deformante que o edema venoso.
Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre Patologia Geral.
Um processo inflamatório consiste em uma reação do organismo em resposta a alguma lesão ou infecção provocada por agentes patogênicos. Dentre os sinais de uma inflamação, ocorre edema.
O edema é um inchaço que ocorre a partir do acúmulo anormal de líquido no compartimento extracelular intersticial ou em cavidades, decorrentes do aumento da pressão hidrostática, aumentando a permeabilidade vascular (inflamação), e consequentemente diminuindo a drenagem linfática. Essa resposta inflamatória ocorre, portanto, no tecido conjuntivo vascularizado, envolvendo plasma, vasos sanguíneos, material extracelular do tecido conjuntivo e células circulantes, como neutrófilos, monócitos, eosinófilos, linfócitos, basófilos e plaquetas.
Portanto, o edema é uma resposta natural a alguma lesão ou inflamação provocada por agentes patogênicos, e envolve células importantes do sistema imunológico como neutrófilos, monócitos, eosinófilos, linfócitos, basófilos e plaquetas.
Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre Patologia Geral.
Um processo inflamatório consiste em uma reação do organismo em resposta a alguma lesão ou infecção provocada por agentes patogênicos. Dentre os sinais de uma inflamação, ocorre edema.
O edema é um inchaço que ocorre a partir do acúmulo anormal de líquido no compartimento extracelular intersticial ou em cavidades, decorrentes do aumento da pressão hidrostática, aumentando a permeabilidade vascular (inflamação), e consequentemente diminuindo a drenagem linfática. Essa resposta inflamatória ocorre, portanto, no tecido conjuntivo vascularizado, envolvendo plasma, vasos sanguíneos, material extracelular do tecido conjuntivo e células circulantes, como neutrófilos, monócitos, eosinófilos, linfócitos, basófilos e plaquetas.
Portanto, o edema é uma resposta natural a alguma lesão ou inflamação provocada por agentes patogênicos, e envolve células importantes do sistema imunológico como neutrófilos, monócitos, eosinófilos, linfócitos, basófilos e plaquetas.
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