No direito romano, o casamento era uma instituição privada, não escrita e pouco solene
Era uma situação de fato que gerava efeitos de direito e dependia de dois elementos para se constituir: “a affectio maritalis (intenção de ser marido e mulher) e a honor matrimonii (a realização condigna dessa convivência conjugal)”.
As pessoas se casavam para cumprir o dever cívico de ter filhos legítimos a quem transmitir a herança e, assim, perpetuar a família, o patrimônio e o núcleo de cidadãos e também para obter o dote.
No dia a dia, a esposa limitava-se a cuidar da casa, vigiar os escravos e fiar. Porém, muitas mulheres exerciam relevante papel de influência política, em virtude da origem familiar que lhe conferia vasta clientela
O poder jurídico do marido sobre a mulher não era uma regra absoluta no Direito Romano e apenas existia nos casamentos cum manu. Nos casamentos sine manu não havia poder marital]. Algumas mulheres eram mais nobres e mais ricas que os maridos e recusavam-se à autoridade deles
Todavia, somente as viúvas e as órfãs eram plenamente livres da autoridade do paterfamilias.
No casamento sine manu, o dote da esposa não era transferido ao marido e, em caso de divórcio, a esposa levava o dote consigo, o que tornava o divórcio ainda mais fácil.
O divórcio era tão informal quanto o casamento e havia grande frequência de divórcios:
Como os maridos enganados são mais ultrajados que ridículos e as divorciadas levam o dote consigo há na classe alta grande frequência de divórcios (César, Cícero, Ovídio, Cláudio casaram-se três vezes) e talvez também na plebe citadina.
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