Leia o texto a seguir:
“De modo geral, podemos dizer que há textos que lemos porque queremos nos manter informados (jornais, revistas); há outros textos que lemos para realizar trabalhos acadêmicos (dissertações, teses, livros, periódicos científicos); há, ainda, outros textos cuja leitura é realizada por prazer, puro deleite (poemas, contos, romances); e, nessa lista, não podemos nos esquecer dos textos que lemos para consulta (dicionários, catálogos), do que somos “obrigados” a ler de vez quando (manuais, bulas), dos que nos caem em mãos (panfletos) ou nos são apresentados aos olhos (outdoors, cartazes, faixas).”
Fonte: KOCH, I.; ELIAS, V. Ler e compreender: os sentidos do texto. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2010. p. 19.
Com base no texto, podemos dizer que:
é fundamental ter um objetivo de leitura, ou seja, saber por quê estamos lendo, pois isso ajuda a definir o que buscamos no texto. |
compreender um texto é formular hipóteses sobre ele, sem a necessidade de desvendar as pistas deixadas pelo autor. |
é importante ser coeso e coerente com as próprias expectativas de leitura, pois evitamos possíveis frustrações. |
quem lê diferentes tipos de gêneros textuais reduz as chances de ampliar seu reportório linguístico. |
os leitores assíduos de textos literários possuem os mesmos objetivos de leitura que os leitores de textos jornalísticos. |
Resposta correta (conferida pelo gabarito): é fundamental ter um objetivo de leitura, ou seja, saber por quê estamos lendo, pois isso ajuda a definir o que buscamos no texto.
Para responder esta pergunta devemos analisar cada uma das opções que nos é dada, julgando-as de acordo com o texto fornecido e os conhecimentos sobre conhecimento e linguagem para encontrar a opção mais adequada. A primeira opção diz que é fundamental entender qual o objetivo e para que serve cada uma das leituras, o que ajuda a saber o que buscamos no texto. Apesar de não ser uma opção totalmente errada, não é necessário definir qual o objetivo da leitura do texto, até porque há gêneros textuais que abarcam vários objetivos ao mesmo tempo, além de textos que nos oferecem algo além do que estamos procurando.
A segunda opção afirma que compreender um texto é fazer hipóteses, ou seja, suposições, sobre ele. Esta opção esta errada porque um texto é compreendido quando se entende as intenções do autor, os argumentos utilizados, sua intencionalidade e, até, as dicas deixadas para o leitor. Apesar de alguns gêneros textuais deixaram margem para hipóteses, a compreensão de um texto visa interpretar e entender o que o autor quis dizer.
A terceira opção diz que a coerência e coesão são elementos necessários tendo em vista as expectativas das leituras, o que evitaria a frustração. Esta opção parece uma boa opção tendo em vista que existem muitos gêneros textuais com objetivos diferentes e que, caso um leitor procure diversão ao ler uma bula, provavelmente não vai encontrar, logo, ao procurar diversão deve-se buscar gêneros textuais indicados para este fim.
A quarta opção diz que quem lê muitos gêneros textuais diminui as chances de aumentar o repertório lingüístico. Esta opção está errada e seu oposto é verdadeiro: quando lemos muitos tipos diferentes de textos nos deparamos com jargões e vocabulários distintos, além de tipos de escritas diferentes. Quem reduz as chances de aumentar o repertório lingüístico é quem lê apenas um os dois gêneros textuais, pois está limitado aos mesmos enquadramentos e ambientações.
A quinta opção também se mostra equivocada, já que leitores assíduos de textos literários buscam diversão e, muitas vezes, afastamento da realidade, enquanto os leitores assíduos de textos jornalísticos buscam se atualizar das últimas notícias do que está acontecendo no mundo real.
Tendo sido negado todas as outras opções, a melhor opção para responder a está pergunta é a terceira, que afirma que ser coerente e coeso com a expectativa e intencionalidade de cada leitura pode evitar frustrações.
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