o que é e como funciona o livramento condicional do processo?
Trata-se da verdadeira antecipação da liberdade, que se desenvolve progressivamente, visando à reinserção social mediante certas condições conferidas ao condenado que já cumpriu parte da pena imposta. Condições estas que uma vez descumpridas o levarão novamente a prisão.O livramento condicional, ao contrário do sursis, inicia o cumprimento da pena privativa de liberdade, e, posteriormente, obtém-se o direito de cumprir o restante da pena em liberdade. A competência de quem concede referido benefício é do juiz da execução penal onde o condenado cumpre a pena.
No livramento condicional, o sentenciado inicia da pena privativa de liberdade, obtendo, posteriormente, o direito de cumprir o restante em liberdade, sob certas condições; no sursis a execução da pena é suspensa mediante a imposição de certas condições, e o condenado não chega a iniciar o cumprimento da pena imposta. Em outras palavras, o sursis suspende e o livramento pressupõe a execução da pena privativa de liberdade. Além disso, no livramento o período de prova corresponde ao restante da pena, enquanto na suspensão condicional esse período não corresponde à pena imposta.
O beneficiário deve demonstrar que detém condições de conviver novamente em sociedade. Considera-se essa a fase final da execução da pena privativa de liberdade, sendo assim, trata-se de forma especial da pena privativa de liberdade.
Concedido o benefício, esse, terá a duração do tempo restante da pena privativa de liberdade a ser cumprida.
O livramento condicional poderá ser concedido mediante requerimento do próprio sentenciado, de seu cônjuge ou de parente em linha reta, ou proposta do diretor do estabelecimento penal, ou por iniciativa do Conselho penitenciário. Narrado conforme no art. 712 do CPP.
3.2. Requisitos
Deparados nos artigos 83 e 84, do Código Penal, os requisitos para o condenado usufruir deste benefício dividem-se em duas ordens: objetivos e subjetivos. O primeiro refere-se à pena imposta e a reparação dos danos. O segundo concernente ao lado pessoal do condenado (subjetividade).
3.2.1. Requisitos Objetivos
Consideram-se requisitos objetivos quanto à:
1) qualidade da pena (privativa de liberdade);
2) quantidade da pena (igual ou superior a dois anos);
3) reparação do dano (salvo impossibilidade);
4) cumprimento da pena:
a) mais de um terço (bons antecedentes e não reincidente);
b) mais da metade (reincidente em crime doloso);
c) entre um terço e metade (não reincidente e maus antecedentes);
d) mais de dois terços (crimes hediondos).
3.2.2. Requisitos Subjetivos
Enumeram-se requisitos subjetivos:
1) Comportamento satisfatório durante a execução da pena;
2) Bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído;
3) Aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto;
4) Cessação da periculosidade nos crimes praticados mediante violência ou grave ameaça à pessoa;
5) Não ser reincidente específico em crimes hediondos.
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