As Constituições possuem diversas previsões normativas que conferem direitos e garantias, bem como impõem deveres e obrigações que se dirigem tanto ao povo, quanto ao poder constituído.
É que os poderes constituídos (Executivo, Legislativo, Judiciário e instituições autônomas, como o MP, os Tribunais de Contas, etc.) não podem agir senão nos estritos termos da constituição vigente. Assim, exemplificativamente, o Poder Executivo não pode confiscar bens particulares de forma arbitrária, em razão de eventual desequilíbrio fiscal enfrentado pelo Estado. Da mesma forma, o Poder Judiciário não pode impor sentença que não observe o contraditório e a ampla defesa, bem como não pode o Legislativo editar norma que prevê a pena de morte no caso de prática de crimes hediondos.
No Brasil, as constituições passam a ter força normativa a partir de 1988, deixando de ser uma carta política, com meras recomendações, mas passando a ser um verdadeiro diploma que prevê direitos e garantias, bem como impõe deveres e obrigações que, se não atendidos, geram consequências jurídicas, tais como inconstitucionalidade de normas, impeachment, crimes de responsabilidade, intervenção federal, concessão de Habeas Corpus, Mandado de Segurança ou Habeas Data, dentre outros.
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Direito Constitucional I
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