Entes despersonalizados podem ser sujeitos passivos no crime de furto?
Maria Eduarda, consultei o livro do Rogério Greco, Cleber Masson e Fernando Capez...mas não encontrei sua resposta. Arrisco te dizer que não, pq mesmo no crime de furto de coisa comum, quem é a vítima do crime é o co-herdeiro, condômino e o sócio, não é o condominio, herança e a sociedade de fato. Parece que esta ficção civilista não se aplica ao CP...
obs: excelente pergunta!!!
Olha só... achei uma resposta mais próxma a sua pergunta.. rs!
Vamos lá
o sócio que furta uma pj comete furto de coisa comum?
==> corrente 1 (Nucci, Magalhães Noronha...) entende que o sócio que subtrai bem da pj comete furto (assim admite a diferenciação patrimonial do CC), pois os patrimônios não se confudem. Adotando esta corrente, segundo Noronha, só haverá furto de uso na subtração de coisa de ente despersonalizado. Assim, o ente despersonalizado seria sujeito passivo de furto de coisa comum, não podendo ser de furto do art 155
==> corrente 2 (Hungria e Grecco) o direito penal, essencialmente realístico, é infeso às ficções ou abstrações do direito civil ou comercial. O próprio Grecco fala que ela é minoritária, mas defende que o sócio que furta a pj comete furto de coisa comum.
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Direito Penal I
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