A ideia de democracia por representação fez da legitimidade um dos institutos jurídicos mais analisados pela Teoria do Direito, bem como pelas demais ciências sociais e humanas, uma vez que, muito embora o poder continuasse a emanar do povo ou grupo, seu exercício foi delegado a um determinado sujeito.
Essa dissociação entre a titularidade e exercício do poder provoca uma crise de legitimidade. É que o sujeito que faz uso do poder nem atua em perfeita simetria com os interesses grupo que, por sua vez, nem sempre obedece espontaneamente aos comandos de seu representante. Para saber se em casos similares a legitimidade foi ou não ferida é imprescindível compreender o real significado desse instituto.
O significado de legitimidade, que a todos tanto intriga, ainda está longe do consenso.
De fato, desde o declínio positivista, a legitimidade passou a ser um problema de natureza eminentemente ético, relativo à justificação normativa do sistema jurídico-político É por essa razão que a ideia de consenso está a ela sempre relacionada. A aceitação da norma e a obediência ao seu comando resultam de um acordo social a respeito da sua adequação a valores éticos e princípios de direito em permanente interação.
Fonte:
https:⁄⁄jus.com.br⁄artigos⁄19278⁄o-conceito-de-legitimidade
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Direito Administrativo e Direito Constitucional
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