De acordo com a OMS (1961), é considerado prematuro, ou pré-termo, o neonato com menos de 37 semanas de gestação. Segundo Leone (1967), uma nova classificação foi feita por meio do peso e a IG(idade gestacional), colocando este limite em 38 semanas, considerando, portanto, prematuros os nascidos com 37 6/7 semanas; no entanto, permanecem mais utilizados os parâmetros descritos pela OMS.
As características antropométricas do neonato prematuro variam sempre de acordo com a IG e quanto ao padrão de crescimento.
A IG e o peso de nascimento, da mesma forma que constituem os principais fatores determinantes da incidência de complicações neonatais, também se ligam à ocorrência de deficiências na evolução pós-natal destes neonatos.
Prematuridade Limítrofe
A prematuridade limítrofe é a que compreende o grupo de neonatos nascidos entre a 35ª e a 36ª semana de gestação, sendo que estes geralmente pesaram entre 2.200 e 2.800 g, medindo entre 45 e 46 cm de comprimento, e aproximadamente 32,5 cm de perímetro cefálico.
Os principais problemas que essas crianças apresentam são:
• Controle irregular da temperatura corpórea;
• Deficiência na deglutição;
• Hiperbilirrubinemia e, menos frequentemente, síndrome do desconforto respiratório idiopático;
• Infecções neonatais.
A distinção do neonato pré-termo limítrofe torna-se importante à vista do exposto, e já o próprio exame clínico o permite.
A instabilidade térmica, alterações na mecânica alimentar, uma insuficiência respiratória representada por retrações intercostais, taquipneia e cianose, e uma icterícia importante, podem representar uma imaturidade funcional no neonato PT ou, então, graves sinais de doença no neonato de termo.
Prematuridade moderada
A prematuridade moderada (PM) pode ser definida quando o neonato é nascido entre 31 e 34 semanas de gestação, sendo que, a maior parte destes nasce com mais de 2.000 g de peso – observa-se que, nos centros mais adiantados, estes prematuros apresentam baixa mortalidade.
O peso de nascimento destes neonatos pode oscilar entre 1.600g e 2.300g, sendo a principal causa de óbitos neste grupo a insuficiência respiratória, em especial a DMH, e as infecções neonatais adquiridas.
Os sofrimentos e situações clínicas características da prematuridade moderada, habituais neste grupo, são em geral partilhados com os dos pré-termo extremos, descritas a seguir.
Prematuridade extrema
Segundo Leone (1994), os recém-nascidos pré-termo extremo (PTE), são definidos como aqueles cuja idade gestacional é menor ou igual a 30 semanas; apresentam, em decorrência desta maior imaturidade, intercorrências mais frequentes e mais graves, favorecendo o desenvolvimento de deficiência a curto e/ou em longo prazo. Estes neonatos costumam pesar menos do que 1.500 g, medir menos do que 38 cm de estatura e menos do que 29 cm de perímetro cefálico, ao nascimento (LEONE, 1994; CALIL, 1996).
Os problemas mais frequentes que este grupo costuma apresentar são:
1) Anoxia perinatal;
2) Dificuldade na manutenção da temperatura corpórea;
3) Insuficiência respiratória - DMH, DBP;
4) Crises de apneia;
5) Hiperbilirrubinemia;
6) Infecções adquiridas;
7) Hipo e hiperglicemia;
8) Hipocalcemia precoce;
9) Enterocolite necrotizante;
10) Hemorragia intracraniana;
11) Persistência de canal arterial (PCA);
12) Retinopatia da prematuridade - fibroplasia retrolental;
13) "Raquitismo da prematuridade";
14) Anemia;
15) Malformações congênitas;
16) Iatrogenias - infusão de líquidos e eletrólitos;
17) Efeitos adversos de drogas.
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
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