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P/ se valer das excludentes de ilicitude o agente previsa saber, ter comhecimento, que está amparado pela pela pela excludente quando da sua açao?

💡 8 Respostas

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Deoplanil Mariano

Ele não precisa saber que está amparado pela excludente, basta que sua conduta se adeque aos requisitos necessários para configurar a excludente.

Por exemplo, uma pessoa que se valha da legítima defesa, ela não precisa ter em mente que está sendo amparado pela excludente, mas sim que está agindo para se defender de uma injusta agressão.

Claro, tem outros requisitos para configurar a legítima defesa, como a proporcionalidade, mas em relação a sua pergunta, o ponto é que o agente preencha os requisitos necessários da excludente a ser aplicada, ainda que desconheça o amparo legal.

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Bianor Salles Cochi Júnior

Não, mesmo que o agente aja amparado pela excludente, ele não tem obrigação de saber que naquele momento que a lei o ampara. "Para se valer" basta que a ação, se adeque ao que aduz o CP. 

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Andre Bottura

Com a devida vênia, discordo do posicionamento dos colegas. Assim como o tipo penal possui elementos objetivos e subjetivos, assim também se verifica quanto às excludentes de ilicitude. O dolo caracterizador da conduta típica tem sua respectiva correspondência na consciência de agir sob a cobertura da lei em determinados casos. Já que o que se busca é a censura da conduta, qual seria o valor de agir dentro da lei sem saber da sua existência? Trago ao debate os escritos do ilustre doutrinador Cesar Roberto Bitencourt em seu Tratado de Direito Penal vol.1:

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"Em outros termos, a partir do momento em que se adota uma concepção do injusto que distingue o desvalor da ação do desvalor do resultado, é necessária a presença do elemento subjetivo em todas as causas de justificação, isto é, não basta que ocorra objetivamente a situação de excludente de antijuridicidade, mas é necessário que o autor conheça a situação justificante e tenha a vontade de atuar de forma autorizada, isto é, de forma juridicamente permitida." (Cap. 21, item 2)

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O que acontece na prática é que se torna muito difícil comprovar uma situação em que o agente desconhecia a excludente. No entanto, caso houvesse tal caso concreto, ser-lhe-ia aplicado por analogia responsabilização na forma de tentativa, visto que o Código Penal não traz nenhum dispositivo relacionado.

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Bons estudos!

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