Para Rezek tanto os Estados como as organizações internacionais ostentam personalidade jurídica internacional. No entanto, os Estados possuem personalidade jurídica originária, pois, além da precedência histórica, constitui uma realidade física, ou seja, é formado por um espaço territorial no qual vice uma comunidade de seres humanos. A personalidade jurídica das organizações internacionais, por outro lado, é derivada, pois elas carecem dessa dupla dimensão material, sendo produto da vontade comum de um grupo de Estados.
Ou seja, a personalidade jurídica das organizações internacionais deriva da personalidade jurídica dos Estados que a constituem, sem, contudo, se confundirem. Apesar de derivada, a personalidade jurídica das organizações internacionais é objetiva, de maneira que é oponível a quaisquer Estados seja parte dela ou não. Nesse sentido, decidiu a Corte Internacional de Justiça no Caso Bernadotte, assassinado em Jerusalém, pelo grupo sionista LEHI em razão de ser o mediador oficial indicado pela ONU no conflito da Palestina entre árabes e judeus. A Corte Internacional de Justiça entendeu que a ONU possui personalidade jurídica, havendo, assim, legitimidade para demandar contra um Estado e receber indenização pela morte de uma pessoa a seu serviço.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.
Direito Internacional Privado e Comercial Internacional
•Faculdade Líbano
Direito Internacional Público
•UFG
Compartilhar