Segundo Spinoza, um afeto é uma mudança ou modificação que ocorre simultaneamente no corpo e na mente. A maneira como somos afetados pode diminuir ou aumentar a nossa vontade de agir.
Spinoza pensava que nos contituímos subjetivamente a partir de encontros: eu, ao encontrar com o outro, me torno algo diferente do que era antes desse encontro. Esse encontro pode ser com outras pessoas, mas também com qualquer outro elemento do mundo: a natureza, os animais, as instituições... Podemos dizer então que esses encontros produzem modulações, ou seja, modos de ser de nossos corpos (corpo não apenas no sentido biológico, inclui a mente), que estão sempre diferindo. Os afetos são entendidos então como afecções do corpo, nosso estado em determinada modulação. Pode ser triste, alegre, amoroso, odioso... por aí vai! Tudo depende de como as propriedades de um outro corpo se ligam às do nosso, podem produzir um encontro ótimo, sem graça ou terrível! Muitas são as possibilidades. E são justamente os afetos que podem aumentar ou diminuir nossa potência de agir, ou seja, nossa capacidade de estar no mundo inventando novas relações e sendo felizes.
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