Quais as semelhanças e diferenças entre Rogers e Skinner?

Tanto Skinner quanto Rogers concordam que a ciência do comportamento como método científico é eficaz para atingirmos nossos objetivos, principalmente como forma de controle do comportamento. No entanto, discordam a respeito de determinados conceitos. Rogers diz que Skinner negligencia principalmente o problema do poder, não vendo na história exemplos em que fundamentam que um determinado grupo estaria apto a exercer as técnicas de controle sobre outros. Para Rogers os grupos científicos sempre estarão relacionados com a estrutura de poder vigente e objetos de determinações individualistas que visem tal manutenção do poder. Rogers também discorda de Skinner ao dizer que escolhas subjetivas de valores sempre antecedem caminhos científicos, ainda que sejam de pesquisas, analises ou outras. Para Skinner tais “escolhas subjetivas” são respostas, reforçadores, condicionados ou outros. Ele nos diz que a complexidade esta no fato de tais reforçadores envolve conseqüências múltiplas. Essas combinações segundo Skinner também estavam sendo analisadas em laboratório. É evidente que entre os autores há uma grande diferença nos significados técnicos das palavras utilizadas por eles, para Rogers existe a “escolha”, o conhecimento pode ser usado para escravizar ou com o fim de qualquer ação tirana, porém seria essencial utilizar o menos possível essas formas de controle. O principal seria ajudar os homens a encontrar o caminho da autonomia, da “auto-realização,” do “tornar-se”. Skinner não vê autonomia no homem utiliza-se de suas pesquisas para mostrar que somos determinados pelo conceito de “ambiente” behaviorista. Rogers expõe que devemos usar as descobertas cientificas para controlar o comportamento humano, visando torná-los mais produtivos, felizes etc. Skinner diz que o medo do controle levou a má interpretação de práticas válidas. Dominando esse medo, nos realizaremos plenamente como seres humanos.