Direito Processual Penal
Apesar da doutrina majoritária entender não ser viável a admissibilidade das provas ilícitas no processo quando estas desfavorecerem o réu, segmento doutrinário importante, bem como decisões jurisprudenciais modernas, vem aceitando a admissibilidade das provas ilícitas pro societate, excepcionalmente, com fulcro no Princípio da Proporcionalidade.
Destarte, a função do Ministério Público visa resguardar valores fundamentais para o Estado e para a própria sociedade, amparados pela própria lei penal. Sendo assim, há casos em que a proteção constitucional à intimidade do réu não pode prevalecer sobre valores supremos também preconizados pela Carta Magna, como, por exemplo, o direito à vida, ao patrimônio, à segurança. Sobre o tema, dispõe Fernando Capez:
Quando o conflito se estabelecer entre a garantia do sigilo e a necessidade de se tutelar a vida, o patrimônio e a segurança, bens também protegidos por nossa Constituição, o juiz, utilizando seu alto poder de discricionariedade, deve sopesar e avaliar os valores contrastantes envolvidos.(CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. São Paulo. Editora Saraiva, p. 352).
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