Atualmente a doutrina em geral considera existir três elementos. São eles: elemento subjetivo, objetivo e abstrato.
Elemento subjetivo:
O elemento subjetivo é composto pelo sujeito ativo (é o credor da obrigação, ou seja, aquele que o devedor deverá cumprir com determinada prestação) e o sujeito passivo (é o devedor da prestação que deverá ser cumprida). Tanto o sujeito passivo quanto o ativo podem ser pessoas de direito natural ou jurídica de qualquer natureza. Se a pessoa natural não possuir capacidade plena de exercício dos direitos deve esta ser representada ou assistida por um representante legal.
Se o devedor for à mesma pessoa do credor, extingue-se a obrigação, conforme o art. 381 do Código Civil de 2002 assim redigido: “Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor”.
Elemento objetivo
Segundo Gonçalves (2010, p.40) o objeto da obrigação é uma ação ou ato humano de dar, fazer ou não fazer, isso se chama prestação que pode ser: positiva (dar e fazer) e negativa (não fazer). Conforme o Código Civil art. 104 inciso II, o objeto deverá ser licito, possível, determinado ou determinável.
O objeto imediato da obrigação é a prestação (dar, fazer e não fazer). Na compra e venda de uma motocicleta o vendedor é obrigado a dar uma coisa certa. Dar a coisa seria então o objeto imediato da obrigação. Para saber qual é o objeto mediato da obrigação basta fazer a seguinte pergunta: dar, fazer ou não fazer o que? Conforme o exemplo acima, neste o objeto mediato seria a motocicleta, também chamado de “objeto da prestação”.
A prestação deve atender os mesmo requisitos de uma relação jurídica geral, ou seja, deve seguir os requisitos do art. 104, II, “a validade do negocio jurídico requer: II – objeto licito, possível, determinado ou determinável”.
Elemento abstrato
Também chamado de elemento imaterial, virtual e espiritual, é o vinculo jurídico entre as partes, ou seja, é o direito do credor cobrar a prestação do devedor, e o dever do devedor suprir a prestação que o deve.
O vinculo jurídico divide-se em dois, segundo Goncalves (2010, p.45):
Débito: também conhecido como vinculo espiritual, abstrato ou imaterial, é o dever de satisfazer seus compromissos de modo honroso cumprindo a obrigação pontualmente.
Responsabilidade: também conhecido de vinculo material, é o direito do credor insatisfeito exigir judicialmente o pagamento a prestação, podendo até supri-la com os bens do devedor.
Se o devedor não realizar sua obrigação, pode o credor conforme o art. 591 do Código Processo Civil tomar por via judicial seus bens como forma de satisfação da obrigação descumprida.
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Direito Constitucional I
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