Na sentença "Penso, logo existo", a "existência" é o gênero e a "existência do eu" a espécie. A espécie pressupõe o gênero mas o gênero independe da espécie. A existência é afirmada ANTES do eu. A existência específica do eu JAMAIS pode ser um começo absoluto, seja do ponto de vista epistemológico ou metafísico.
Descartes queria fundar uma ciência baseada em princípios seguros, então ele se refere a essa afirmação ("Penso logo existo"), como algo indubitável, e a coloca como um paradigma de qualquer afirmação sobre a realidade, no sentido de que deveria ser tão evidente quando esta. Há um artigo que explica em que sentido essa frase é verdadeira, escrito por Enéias Forlin. Para ele só há verdade nessa afirmação quando o sujeito está ciente de que pensa, e do que pensa: http://www.cle.unicamp.br/cadernos/pdf/Eneias%20Forlin%20161.pdf
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.
Compartilhar