O Renascimento possui vários elementos da cultura cristã florescida na Idade Média, como elementos da cultura clássica (greco-latina), que passou a ter uma dimensão maior na Europa Ocidental, sobretudo em regiões de intenso comércio marítimo, como a Itália (ao sul) e a Holanda e os Países Baixos (ao norte), que também tiveram um intenso desenvolvimento urbano ainda no período medieval.
O historiador Thomas Woods diz que “o Renascimento, mais do que uma ruptura total com o passado medieval, pode ser considerado o auge da Idade Média. os medievais, tal como uma das figuras exponenciais do Renascimento, tinham um profundo respeito pela herança da antiguidade clássica, ainda que não a aceitassem de modo tão acrítico como o fizeram alguns humanistas: e é na Idade Média que encontramos as origens das técnicas artísticas que viriam a ser aperfeiçoadas no período seguinte.” (WOODS, Thomas. Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental. SP: Quadrante, 2008. p. 119)
A confluência entre a cultura clássica e a cultura cristã foi expressa na obra de vários autores do Renascimento, desde artistas como Michelângelo e Leonardo da Vinci até escritores como Erasmo de Rotterdan, Nicolau de Cusa e Thomas Morus. Uma identidade renascentista no âmbito dos estudos intelectuais foi a redescoberta dos textos clássicos originais, sobretudo os gregos. Filósofos como Aristóteles e Platão eram lidos na Idade Média por meio de traduções latinas com pouca precisão. Eruditos do Renascimento, como Leonardo Bruni – tradutor da Política e da Ética a Nicômaco, de Aristóteles –, foram responsáveis por esse resgate das fontes primárias dos textos gregos e pela feitura de traduções criteriosas e comentadas.
A identidade própria ao Renascimento, concepção antropocêntrica do mundo, que aos poucos se impôs, divergiu da perspectiva teocêntrica medieval, ainda que vários elementos doutrinais tenham sido preservados. O humanismo, isto é, a valorização das potencialidades e racionalidades humanas, também contribuiu para definir essa época que antecedeu o século XVII – século da Revolução Científica operada por Galileu Galilei.
As grandes navegações e a descoberta do “novo mundo” (o continente americano) e das civilizações e culturas que nele se desenvolveram também foram decisivas para configurar o Renascimento como uma época de experiências novas e enriquecimento cultural. Somou-se a isso a teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico, que também passou a ajustar-se ao antropocentrismo e à capacidade do homem de descobrir os mistérios da “harmonia do mundo”, isto é, os mistérios cosmológicos.
O fator mais importante que iniciou o Renascimento foi a disseminação de obras e conhecimentos clássicos, que inspiraram mudanças em valores e modos de pensar estabelecidos. Esta informação espalhou-se principalmente pela Europa, como resultado da queda do Império Bizantino e do saque da Espanha moura.
A Idade das Trevas foi caracterizada por guerra, fome e doença, e muitas pessoas não gostavam disso. Durante a Idade das Trevas, surgiram humanistas, que eram pessoas que acreditavam que o indivÃduo tinha contribuições importantes para fazer no mundo (ao invés de confiar apenas na igreja). Os humanistas tiveram suas idéias dos antigos gregos e romanos, que inspiraram suas novas idéias e feitos artÃsticos.
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