Isadora dos Santos
Há mais de um mês
Estado Unitario, Estado Regionalizado e Estado composto.
LR
Há mais de um mês
Segundo os critérios de Aristóteles as formas de Estado devem ser considerados segundo a verificação da seguinte configuração: “poder de um, de poucos, de todos, exercido para utilidade de um, de poucos, ou de todos” (BOBBIO, 1993: 517). Chauí nos esclarece a teria aristotélica forma bastante clara: “O Estado ou politéia, como todo o que existe no mundo sublunar, está submetido ao perecimento e à corrupção e por isso cada regime política possui sua forma contrária ou corrompida: a tirania (para a realiza), a oligarquia (para a aristocracia) e a democracia (para o regime constitucional ou popular).” (CHAUI, 2008: 466).
Teses Aristotélicas:
É possível aglutinar o conceito aristotélico a respeito da política em três teses: I) “o Estado justo ou perfeito é uma comunidade uma e indivisa”; II) “a finalidade do Estado é o bem comum”; III) “os governantes (seja um só, sejam alguns ou todos os cidadãos) devem ser virtuosos porque são espelhos para os governados, que os imitam; seus vícios, por isso, corrompem os governados e destroem o Estado.” (CHAUI, 2008: 463).
A finalidade da política e sua ação:
Na passagem apresentada aqui consta a justificativa dos pontos 1 e 2, a finalidade da política e sua ação [A finalidade da política é possibilitar aos cidadãos da pólis a vida boa, a melhor vida possível, organizando o espaço e os interesses coletivos].
“A política, diz o filósofo, orienta a ética, pois o homem só é verdadeiramente autárquico na pólis, e orienta também as ciências produtivas ou as artes, pois somente a Cidade diz o que deve ser produzido para o bem de cada um e de todos. A política é, assim, aquela ciência prática cujo fim é ‘o bem propriamente humano’ e esse fim é o bem comum. Por isso a política é a ciência prática arquitetônica, isto é, aquela que estrutura as ações e as produções humanas.” (CHAUI, 2008: 462).
O Homem e a política:
Nesta passagem consta a justificativa do ponto 3, sobre o homem como animal político e jamais isolado [todos tem um papel a desempenhar, por isso ninguém vive isolado; quem vive isolado ou é uma besta ou é um deus].
“O homem é um animal político ou naturalmente político porque é um ser carente e imperfeito que necessita de coisas (para desejar) e de outros (para se reunir), buscando a comunidade como o lugar em que, com os seus semelhantes, alcance completude. Se fosse sem carências, seria um deus e não precisaria da vida comunitária; se fosse uma besta selvagem sequer sentira a falta de outros. Por não ser um deus nem uma besta feroz, o homem é um animal político. Além disso, como explica Aristóteles, ‘a natureza nada fez em vão’ e se deu ao homem a linguagem não foi apenas para comunicar sentimentos de prazer ou dor (como a maioria dos animais), mas para exprimir em comum a percepção do bom e do mau, do útil e do nocivo, do justo e do injusto, ou seja, para exprimir em comum a percepção dos valores.” (CHAUI, 2008: 464).
Referência bibliográfica:
CHAUI, Marilena. Introdução à história da filosofia: Dos pré-socráticos a Aristóteles. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.