Grace,
esta é uma questão interessante, e há divergências.
A primeira resposta seria que não seria possível, porque o art. 129 CP usa a expressão outrem, que só poderia ser outra pessoa, pessoa humana com personalidade, o que só ocorre no nascimento com vida. (essa é a corrente majoritária).
No entanto, a segunda posição, parte de uma análise mais ampla, porque na esfera cívil e na Constituição há a proteção para o nasciturno desde a fase de nidação, fixação do ovulo fecundado na parede uterina, então não seria razoável que o Direito Penal ignorasse essa proteção, assim essa segunda corrente entende que outrem também incluiria o nasciturno que já tem seus direitos protegidos constitucionalmente e civilmente. (corrente minoritária - um dos que adotam essa linha é o Prof. Grecco)
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