A lei com seus dispositos, mais voltado para o direito tributario, busca indicar sobre a validade do direito ou dever positivo frente aos principios gerais e aos principios constitucionais.
Acredito que se há lacuna tributária na legislação estadual, então deve-se verificar se a legislação Federal trata sobre o pagamento, arrecadação do tributo em questão.
Se houver na Constituição Federal, ou outra legislação federal tratando sobre o tributo aplica-se esta norma. caso contrario, creio que dispensa o tratamento sobre o mesmo, até haver um norma que trate deste.
Lembro da priramide de Kelsen, hierarquia legislativa.
1º a Constituiçã
2º a constituição estadual
3º legislações complementares
Espero que tenha ajudado!
A eqüidade como método de integração tem pouca aplicação no Direito Tributário, uma vez que se submete ao principio da legalidade, que objetiva conferir segurança jurídica ao sujeito passivo da obrigação tributária. Via de regra, a eqüidade se verifica quando o legislador utiliza conceitos indeterminados, conceitos normativos, que dependem de valoração por parte do intérprete, ou ainda, quando admite a discricionariedade judicial e administrativa, o que na maior parte das vezes não é possível, vez que o legislador, quando se trata de Direito Tributário opta por conceitos determinados, enumerações exaustivas, tudo em homenagem ao princípio da legalidade.
Se não me engano o professor Luciano Amaro no seu Livro de Direito Tributário ele salienta que a equidade tem aplicação no direito tributário, como instrumento de integração da
legislação, só não devendo ser invocada quando seu emprego implicar dispensa de tributo que, em face da lei aplicável, seja devido.
Observe-se que a vedação de utilizar a equidade para dispensar tributo é dirigida ao aplicador da lei, e não ao legislador. Tanto que à lei se faculta especificar situações de perdão de tributos, por razões de equidade (CTN, art. 172, IV). Assim, à vista do disposto no art. 108, § 2º, e no art. 172, IV, conclui-se que, sem autorização da lei, ao aplicador da lei não cabe dispensar tributo por equidade, mas a lei pode admitir, à vista de considerações pessoais ou materiais, a remissão de tributo devido.
Os planos temporais de aplicação da equidade como critério de integração e como fundamento de remissão são distintos. No primeiro caso, a equidade interfere com a identificação da vontade concreta da lei numa dada situação, na qual, pois, o problema é de subsunção do fato. No segundo, ela atua em tempo posterior, depois que o fato já foi juridicizado, já irradiou os efeitos previstos na norma de incidência, e deu nascimento à obrigação tributária; é sobre o efeito da incidência da norma que a remissão (por equidade) pode atuar, não em razão de trabalho integrativo do aplicador da lei, mas por força de disposição legal que concede o perdão da dívida tributária.
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