Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
VI - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano.
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
Prescrição das penas restritivas de direito
Parágrafo único - Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória
A prescrição é a perda da pretensão punitiva ou executória estatal, isto é, o Estado perde o direito de punir em virtude da passagem do lapso temporal de acordo com a lei. Se não existisse a prescrição o indivíduo viveria receoso, haja vista que, mesmo passando grande lapso temporal ele ainda poderia ser preso e condenado. É bom ressaltar que o ordenamento jurídico nacional possui crimes imprescritíveis como o racismo e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático segundo a Constituição Federal de 1988.
A prescrição extingue a punibilidade do indivíduo. Os prazos prescricionais estão previstos no artigo 109 do Código Penal que dispõe:
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se:
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
Ex.: O indivíduo comete um furto simples (artigo 155, caput do Código Penal) no dia 28 de junho de 2010, sendo que a denúncia feita pelo Ministério Público vem a ser recebida no dia 28 de junho de 2019. Resolução: A pena máxima para o crime de furto simples é quatro anos desse modo conforme o inciso IV do artigo 109 do Código Penal prescreve em 8 anos. Como entre a data do fato (28 de junho de 2010) e a data do recebimento da denúncia (28 de junho de 2019) já se passou 9 anos o crime em questão está prescrito.
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