m 2002 celebra-se o primeiro centenário da publicação d'Os Sertões, e não haverá surpresa numa possível avalanche de comemorações que ultrapassará certamente os limites da comunidade acadêmica. Recordemo-nos que, não faz muito tempo, surgiu um suposto cânon da cultura literária brasileira em que, curiosamente, Os Sertões figura de forma unânime em primeiro lugar como o livro fundamental para a compreensão da formação histórica do País2. Neste sentido, segue-se uma tendência da crítica literária que durante esse século se debruçou sobre a obra euclidiana, desde as primeiras manifestações de recepção, compreendendo esta e seu autor como verdadeiros construtores da nação, justamente porque estes tratariam, como sintetizou Sílvio Romero, da verdadeira gente brasileira, isto é, os homens do sertão3.
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