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Incide ICMS na operação de remessa de celulares para filiais presentes em outros Estados da Federação?

Exame de Ordem (FGV)

QUESTÃO 2 A pessoa jurídica “X” é fabricante de telefones celulares e, nas vendas realizadas para seus adquirentes, comerciantes de tais aparelhos, efetua remessas de telefones entre diferentes Estados da federação. Em março de 2014, o Estado “Y”, ao fiscalizar uma dessas remessas, verificou que a pessoa jurídica “X” não recolheu o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (“ICMS”) incidente sobre tal operação e, imediatamente, apreendeu todos os telefones celulares. Tendo em vista o caso apresentado, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. A) O Estado “Y” agiu corretamente ao apreender as mercadorias? (Valor: 0,60) B) Será aplicável a alíquota interna ou a interestadual à operação, realizada pela pessoa jurídica “X”, de remessa de aparelhos celulares a consumidor final localizado em outro Estado, quando o destinatário não for contribuinte do ICMS? (Valor: 0,65) Obs.: a mera citação ou transcrição do artigo ou súmula não pontua.

💡 2 Respostas

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Mari Farias

Diante da pergunta principal, respondo que, segundo o entendimento do STF, não há cobrança de ICMS entre estabelecimentos do mesmo contribuinte que estejam em lugares diferentes da sua Federação. Dito isso, não há se falar em operação mercantil, pois inexiste compra e venda (fato gerador), nessas transferências/remessas para filiais, salvo se forem entre contribuintes distintos, já que se entende que daí a mercadoria circula, efetivando o negócio jurídico de compra e venda.

Por arremate, o STF possui o mesmo entendimento que o STJ (Súmula 166), conforme AI 682.680-AgR/RJ, RE 765.486 e precedente: RE 158.834.

 

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DLRV Advogados

A) Não, uma vez que o Estado dispõe de meios legalmente previstos para a cobrança de tributos e, consequentemente, para a satisfação dos seus créditos. Nesse sentido, dispõe e Súmula 323, do Supremo Tribunal Federal, que “é inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos”.

B) Conforme dispõe o Art. 155, § 2º, VII, da Constituição, em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual. A responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será atribuída ao destinatário, caso este for contribuinte do imposto, ou ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto.

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