A definição da natureza jurídica do sindicato sofre variação de acordo com o sistema jurídico em que se encontra, havendo três correntes.
A primeira corrente preceitua que o sindicato é um ente de direito privado, disciplinado, como as demais associações, pelas regras pertinentes a esse setor. Dentro dessa mesma corrente, existem alguns doutrinadores que pregram que, embora tenha natureza privada, o sindicato exerce função pública (NASCIMENTO, 2010, p. 1295).
A segunda corrente insere os sindicatos no bolo das pessoas jurídicas de direito público, sendo órgãos pertencentes ao Estado, como ocorre no Leste Europeu e no corporativismo italiano. Sob tal ponto de vista, o sindicato é mero “apêndice do Estado”.
A terceira, conforme Cesarino Júnior (1980, p. 137), vê o sindicato como uma pessoa jurídica de direito social,
sendo o sindicato uma autarquia, isto é, um ente jurídico que não pode se classificar exatamente nem entre as pessoas jurídicas de direito privado, nem entre as pessoas jurídicas de direito público, parece-nos muito mais lógico qualificá-lo como uma pessoa jurídica de direito social.
Nascimento (2010, p. 1295) ressalta que o sindicato brasileiro, conforme doutrina majoritária tem caráter de direito privado.
No sistema constitucional de 1937, o sindicato brasileiro, embora pessoa jurídica de direito privado, apresentava certas atribuições públicas (publicísticas) delegadas pelo Poder Público. Com o advento da Constituição Federal de 1988, o vínculo com o Estado foi rompido, realçando a natureza privada dos sindicatos e sua função de defesa de interesses de seus representados.
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