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resumo sobre vygotsky , um texto facil de compreender

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Carlos Benedetti Junior

A teoria de aprendizagem de Vygotsky — psicólogo bielorrusso que morreu há mais de 80 anos — tem uma ênfase importante no papel das relações sociais no desenvolvimento intelectual. Para ele, o homem é um ser que se forma em contato com a sociedade.

“Na ausência do outro, o homem não se constrói homem”, diz. Sua compreensão é a de que a formação se dá na relação entre o sujeito e a sociedade a seu redor. Assim, o indivíduo modifica o ambiente e este o modifica de volta.

Dessa maneira, a interação que cada pessoa estabelece com um ambiente, a experiência pessoalmente significativa, é muito importante para ela. Por isso, a teoria de aprendizagem de Vygotsky ganhou o nome de socioconstrutivismo e tem como temas centrais o desenvolvimento humano e a aprendizagem.

A partir desse entendimento, seu estudo tem peso nas possíveis rupturas do processo de construção das ideias pedagógicas. Afinal, a base de seus estudos é a psicologia evolutiva e a perspectiva usada para concebê-los é a da função social do professor.

O contexto social é, então, determinante quando se fala em desenvolvimento cognitivo e, assim, o profissional tem de responder aos desafios impostos pela diversidade na sala de aula.

Quando o professor aplica esse conhecimento no processo ensino-aprendizagem, ele pode acompanhar, no decorrer do desenvolvimento infantil, a evolução da manifestação de pensamento e da expressão (verbal ou não) da criança.

Segundo o teórico, grande parte do desenvolvimento infantil ocorre pelas interações com o ambiente, que determinam o que a criança internaliza.

Papel do professor na aprendizagem

Estudioso do processo de aprendizagem, Vygotsky defende que ela é resultante da atividade de cada pessoa e da reflexão que ela consegue fazer a partir daquilo. Ou seja, cada aluno é um agente ativo nesse processo.

Dessa forma, o papel do professor consiste em guiá-lo enquanto fornece as ferramentas adequadas para que seu desenvolvimento cognitivo ocorra da forma mais apropriada. Assim, a função do profissional é conduzir o indivíduo até a aquisição do conhecimento.

Afinal, o primeiro contato da criança com novas atividades, habilidades ou informações deve ter sempre a participação de um adulto. Depois que internaliza um procedimento, ela se apropria dele e o torna voluntário. O papel do educador, então, é ativo e determinante nesse processo.

Estruturas mentais

Para educar, o professor deve entender as estruturas mentais e seus mecanismos. No contexto educacional, os conceitos da teoria de aprendizagem de Vygotsky percebem a escola como o local onde a intervenção pedagógica é intencional e é isso o que promove o processo de ensino-aprendizagem.

Para o estudioso, a aquisição do conhecimento ocorre por mediação, convivência, partilha e assim por diante até que diversas estruturas sejam internalizadas. Um de seus principais conceitos é a zona de desenvolvimento proximal (ZDP), que destaca o papel do outro — em especial o do professor.

A ZDP, segundo seu criador, é a distância entre o desenvolvimento real de uma criança e o que ela ainda tem o potencial de aprender. Esse potencial é demonstrado pela capacidade de desenvolver uma competência com a ajuda de um adulto.

O profissional interfere de forma objetiva, intencional e direta na ZDP. O aluno é aquele que aprende os valores, a linguagem e o conhecimento que seu grupo social produz a partir da interação com o outro — no caso, o professor.

Segundo Vygotsky, o aprendizado não se subordina totalmente ao desenvolvimento das estruturas intelectuais: um aspecto se alimenta do outro. Por isso, o ensino deve se antecipar àquilo que a criança ainda não sabe e nem é capaz de aprender sozinha. Para ele, na relação entre aprendizado e desenvolvimento, o primeiro vem antes.

Mediação da aprendizagem

Nesse cenário, um dos recursos mais úteis é o trabalho de pares. Afinal, a ZDP é o caminho entre o que a criança consegue fazer sozinha e o que ela está perto de conseguir fazer sozinha.

O professor deve ser capaz de identificar essas duas capacidades e, a partir disso, determinar qual deve ser o percurso de cada aluno entre elas. Por isso, a relação entre professor e estudante deve ser de cooperação, respeito e crescimento, não de imposição.

A criança deve ser considerada ativa no processo de construção de conhecimento. O educador é o suporte para que a aprendizagem seja satisfatória. O educador deve, então, interferir na ZDP do estudante com metodologia.

Para Vygotsky, isso ocorre pela linguagem — pelo diálogo entre professor e aluno. Esse conceito é essencial na adaptação na educação infantil e o papel do professor é fazer com que a criança se sinta estimulada.

Principais definições da Teoria de Aprendizagem de Vygotsky

Segundo o estudioso, o desenvolvimento da linguagem implica o desenvolvimento do pensamento, já que é pelas palavras que o pensamento ganha existência.

Para ele, a linguagem tem duas funções básicas: intercâmbio social e pensamento generalizante. O intercâmbio social é bem visível em bebês, por exemplo: por meio de gestos, expressões e sons, eles demonstram sentimentos, desejos e necessidades.

O pensamento generalizante ocorre quando se fala uma palavra: ao dizer, por exemplo, frango, o pensamento classifica a palavra em “animais” e remete à imagem dele.

Assim, as funções psicológicas superiores, ou seja, as ações e os pensamentos inteligentes que só são encontrados no homem (como pensar, refletir, organizar, categorizar, generalizar e outros), são construídas ao longo de sua história social. Os pilares da teoria de aprendizagem de Vygotsky são:

  • as funções psicológicas têm suporte biológico, pois são produtos da atividade cerebral. O cérebro é um sistema aberto, com estruturas que são moldadas ao longo da história do homem e de seu desenvolvimento individual;
  • o funcionamento psicológico tem como base as relações sociais dentro de um contexto histórico;
  • a cultura é parte essencial do processo de construção da natureza humana;
  • a relação entre o homem e o mundo é mediada por sistemas simbólicos, que auxiliam a atividade humana.

Conceitos de aprendizagem

As observações de Vygotsky foram obtidas a partir de um estudo com primatas. Ao avaliar os animais, o teórico percebeu que existe uma inteligência prática em ação, já que eles conseguem atingir um nível em que podem resolver problemas ao seu redor com o uso de instrumentos.

A partir disso, ele formulou alguns conceitos.

Linguagem e pensamento

A fase da resolução de problemas no entorno foi chamada pelo psicólogo de “linguagem pré-intelectual”. Paralelamente, o estudioso percebeu que os primatas usam expressões faciais, gritos e urros para se comunicar — algo que chamou de “pensamento pré-verbal”.

Quando analisou crianças, ele notou que elas passam por um processo semelhante. Depois, por volta dos dois anos de idade, a linguagem pré-intelectual e o pensamento pré-verbal se unem e dão origem à linguagem intelectual e ao pensamento verbal.

Nesse momento, seu vocabulário ganha mais consistência, ela passa a questionar o que lhe intriga e sua linguagem e seu pensamento passam a ser internalizados. Isso ocorre em três momentos:

  • fala social (ou exterior): a comunicação engloba elementos do entorno e tem como finalidade apenas a comunicação com adultos;
  • fala egocêntrica: a prioridade não é ser ouvida pelo adulto, mas ela ainda não saber expressar sua fala apenas para si;
  • fala interior: quando atinge a potencialidade da reflexão.

Mediação semiótica

A mediação é um conceito central da teoria de aprendizagem de Vygotsky e representa a intervenção de um elemento intermediário em uma relação. Os mediadores podem ser instrumentos ou signos.

Instrumentos são objetos criados pelo homem para facilitar sua vida e signos são fatores psicológicos que auxiliam nos processos internos. A significação pressupõe a criação e o uso de signos por meio dos quais é possível construir novas conexões cerebrais.

Com isso, a partir dos processos mentais elementares ocorre o desenvolvimento mental superior, que usa a mediação semiótica. Tanto os instrumentos quanto os signos ajudam o homem a agir no mundo.

Assim, quando o indivíduo cria uma lista de supermercado, por exemplo, ele está usando signos. Afinal, trata-se de um suporte psicológico que pode auxiliá-lo, mais tarde, a fazer as compras no mercado.

De acordo com o teórico, quando nasce, a criança interage com o ambiente de forma típica e peculiar. A forma mais elementar de relação do homem com o ambiente tem uma ligação direta de estímulo-resposta. É por isso, por exemplo, que se retira a mão rapidamente ao ter contato com uma superfície quente.

O processo de educação ocorre, então, por meio da mediação semiótica. Ela, por sua vez, atua na construção de processos mentais superiores.

Essa construção de Vygotsky é prolongada e complexa, pois passa por uma série de transformações qualitativas em que um estágio é precondição para o próximo (que é uma ampliação ou uma inovação de um antecedente).

Internalização

Para o estudioso, o ambiente tem papel fundamental no desenvolvimento intelectual da criança. Ou seja, o desenvolvimento ocorre de fora para dentro. Assim, a internalização, que permite absorver o conhecimento vindo do contexto, é fundamental.

As influências sociais, então, em vez de biológicas, são a base da teoria de aprendizagem de Vygotsky. A internalização está diretamente relacionada à repetição: a criança se apropria da fala do outro e a torna sua.

Isso ocorre no processo de socialização, já que, quando se relaciona com o adulto, a criança reconstrói as formas culturais, o pensamento, as significações e os usos das palavras.

Em resumo, todos os dias, em todos os lugares, a criança observa o que as pessoas dizem, como o dizem, o que fazem e por que o fazem. Ela, então, internaliza tudo isso e o transforma em sua propriedade. Para isso, ela recria, dentro de si, as conversações e demais interações observadas.

Esse processo é essencial para o crescimento do funcionalismo psicológico humano. Afinal, ele compreende uma atividade externa que deve ser mudada para tornar-se uma atividade interna: assim, ela começa como interpessoal e se torna intrapessoal.

Dessa forma, quando uma criança está na cozinha, por exemplo, e a mãe lhe diz apenas para não mexer no fogo, ela perde a chance de lhe ensinar algo. Se, ao contrário, disser que, se mexer no fogo ela pode se machucar, a criança pode internalizar esse aprendizado e usá-lo em outras circunstâncias.

Assim, os adultos podem ajudar a ampliar o conhecimento da criança e facilitar sua aprendizagem por meio das interações que têm com ela. Dessa forma, sempre que há algum tipo de troca, há aprendizagem, já que o homem não é um ser passivo.

Zonas de desenvolvimento

Como na teoria de aprendizagem de Vygotsky, o desenvolvimento da criança está diretamente relacionado à sua socialização, ele categorizou esse processo em três níveis.

  1. Zona de desenvolvimento real: refere-se às etapas já alcançadas pela criança e que permitem que ela solucione problemas de forma independente.
  2. Zona de desenvolvimento potencial: é a capacidade que a criança tem de desempenhar tarefas desde que seja ajudada por adultos ou companheiros mais capazes.
  3. Zona de desenvolvimento proximal: é a distância entre as zonas de desenvolvimento real e potencial. Ou seja, é o caminho a ser percorrido até o amadurecimento e a consolidação de funções.

Isso significa que, antes mesmo de frequentar a escola, a criança desenvolve seu potencial a partir das trocas estabelecidas e adquire conhecimento.

Quando vai para o ambiente escolar, ela se familiariza com esse mundo e sai da zona de desenvolvimento real para, com auxílio do professor, atingir seu desenvolvimento potencial.

A noção de desenvolvimento remete a um contínuo de evolução. Assim, é como se o indivíduo caminhasse ao longo do ciclo vital. Essa evolução nem sempre é linear e ocorre nos aspectos afetivo, cognitivo, social e motor. O processo inclui tanto a maturação biológica quanto as interações com o meio.

A cultura ao redor do indivíduo é uma das principais influências nesse processo. Pela interação social, cada pessoa aprende, se desenvolve, cria formas de agir no mundo e amplia os meios de atuar no complexo contexto que a cerca.

Estágios de desenvolvimento

Além de Vygotsky, outro estudioso do desenvolvimento humano, Jean William Fritz Piaget, um biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço, concluiu que tanto os organismos vivos podem se adaptar a um novo meio quanto existe uma relação evolutiva entre eles e o ambiente.

Assim, a criança reconstrói ações e ideias quando se relaciona com novas experiências proporcionadas pelo ambiente. Para ele, o conhecimento humano é construído a partir da interação entre o homem e o meio. Para adaptar-se ao ambiente, o indivíduo deve equilibrar uma ação com outras ações.

A base desse processo está na assimilação e na acomodação. De acordo com Piaget, para adquirir pensamento e linguagem, a criança passa por várias fases de desenvolvimento psicológico, do individual para o social.

Assim, sua evolução mental ocorre a partir de suas potencialidades e da sua interação com o meio. O progresso mental acontece de forma lenta e em estágios: sensório-motor, pré-operatório, operatório-concreto e operatório-formal. Entenda melhor sobre eles a seguir!

Estágio sensório-motor

Essa fase inclui, em geral, crianças de 0 a 2 anos e é a etapa da percepção-ação. O pequeno se concentra em sensações e movimentos, já que ocorre o desenvolvimento inicial das coordenações e das relações de ordem entre as ações.

A criança começa, então, a entender o que as sensações significam e como seus movimentos podem levar a alterações no mundo exterior. Isso acontece porque a inteligência é anterior à fala: ou seja, há uma inteligência prévia, sem linguagem, que permite perceber o real.

Nos primeiros meses de vida, o bebê ainda não controla as ações motoras de forma consciente. Com o tempo, ele ganha consciência dos movimentos: perto dos 9 meses, começa a diferenciar os objetos e o próprio corpo.

A partir daí, passa a testar as possibilidades: estica o braço para puxar o móbile, tira e coloca a chupeta na boca e assim por diante. Nessa etapa, a criança ainda tem dificuldades com tudo o que não pode ver, tocar ou sentir.

Ou seja, ela acha que só existe o que está em seu campo sensorial. É por isso que, quando se esconde um brinquedo, por exemplo, ela não o procura: para ela, aquilo deixou de existir.

O mesmo ocorre quando não vê a mãe. Como pensa que ela deixou de existir, é comum que comece a chorar. Conforme recebe estímulos, a criança passa a perceber que nem sempre os objetos que estão fora do alcance da sua visão deixam de existir.

A percepção das três dimensões do espaço e o reconhecimento no espelho vêm após 1 ano de idade. Por volta dos 18 meses, a criança passa a ter a capacidade de representar um significado a partir de um significante. Assim, nesse estágio, o campo da inteligência aplica-se a situações e ações concretas.

Estágio pré-operatório

Engloba as idades de 2 a 7 anos. Esse estágio se inicia com a capacidade do pensamento representativo — ou seja, a criança começa a gerar representações da realidade no próprio pensamento. É uma etapa representada pela capacidade de pensar um objeto por meio de outro.

Tudo isso possibilita o rápido desenvolvimento da fala e as brincadeiras de “faz de conta”. Nessa fase, há um egocentrismo evidente, mas isso faz parte do desenvolvimento cognitivo comum. É por isso que a criança fala sozinha e raramente considera o que foi dito para ela.

Além disso, na cabeça dela, as coisas acontecem por si mesmas: uma bola rola porque tem vontade (não pela ação da física), o sol se põe para que ela vá dormir (não porque o dia acaba). Esse pensamento representativo é o que permite o desenvolvimento do pensamento lógico.

É comum que, nessa fase, a criança se confunda com números e quantidades. A mesma quantidade de bebida em copos de formatos diferentes, por exemplo, a faz crer que se tratam de quantidades distintas. O mesmo ocorre com um biscoito partido ao meio e dois biscoitos: para ela, é a mesma coisa.

Nesse período, ocorre a introdução à moralidade (chega-se ao universo dos valores, das regras, das noções de certo e errado) e à linguagem. Ao serem apresentadas a novas situações, entretanto, ainda não são capazes de julgá-las — e fazem o que têm vontade. É preciso paciência até que sejam capazes de perceber sozinhas.

Estágio operatório-concreto

Ocorre dos 7 aos 12 anos e é marcado pelo início do pensamento lógico concreto. Aqui, a criança começa a manipular mentalmente as representações do que internalizou nos estágios anteriores. Isso só ocorre, porém, com coisas concretas, já que conceitos abstratos ainda não são compreensíveis para ela.

Nessa fase, ela já compreende que dois copos diferentes podem ter a mesma quantidade de suco e que duas metades de um biscoito não são equivalentes a dois biscoitos.

Outra noção mais bem desenvolvida é a da moral: as regras fazem mais sentido e, em situações simples, a criança já consegue julgar o que é correto.

Estágio operatório-formal

Após os 12 anos, já na pré-adolescência, a criança passa a ter um modo de pensar adulto e é capaz de assimilar hipóteses e conceitos abstratos. Ou seja, ela já faz representações abstratas e operações com conceitos que não têm formas físicas, como os da matemática.

Além disso, ela passa a compreender experiências vivenciadas por outras pessoas. Esse processo começa no estágio anterior, para objetos concretos, e nessa fase leva a criança a entender o ponto de vista dos outros. A linguagem, então, é usada como suporte do pensamento conceitual.

Em resumo, segundo a teoria de aprendizagem de Vygotsky, a criança nasce inserida em um meio social (sua família) e nele estabelece suas primeiras relações com a linguagem a partir da interação com os outros. No dia a dia, isso acontece espontaneamente durante o processo de uso da linguagem.

Afinal, segundo ele, o homem se produz na e pela linguagem. Essa relação é mediada por instrumentos e signos. É justamente a partir deles que o pensamento e a linguagem se associam para permitir o desenvolvimento no sentido funcional.

As práticas pedagógicas devem, então, trabalhar no sentido de esclarecer a importância da fala no processo de interação com o outro. Isso é especialmente importante na educação infantil, já que é o momento inicial do contato da criança com o mundo externo, fora do ambiente familiar.

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Silvanique Bomfim

Um excelente material para estudos. Vai me ajudar muito
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Fernanda Alves

Excelente material!
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