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De acordo com o princípio da continuidade do serviço público, o serviço público ppde ser interrompido em quais hipóteses?

💡 3 Respostas

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Matheus M

"Princípio da continuidade

O princípio da continuidade impõe a prestação ininterrupta do serviço público, tendo em vista o dever do Estado de satisfazer e promover direitos fundamentais.
A continuidade pressupõe a regularidade na prestação do serviço público, com observância das normas vigentes e, no caso dos concessionários, das condições do contrato de concessão.
É oportuno ressaltar que a continuidade não impõe, necessariamente, que todos os serviços públicos sejam prestados diariamente e em período integral, uma vez que a continuidade depende da necessidade da população que pode ser absoluta ou relativa.21 Na necessidade absoluta, o serviço deve ser prestado sem qualquer interrupção, uma vez que a população necessita, permanentemente, da disponibilidade do serviço (ex.: hospitais, distribuição de água etc.). Ao revés, na necessidade relativa, o serviço público pode ser prestado periodicamente, em dias e horários determinados pelo Poder Público, levando em consideração as necessidades intermitentes da população (ex.: biblioteca pública, museus, quadras esportivas etc.).
Atualmente, é possível mencionar três questões polêmicas que envolvem a aplicação do princípio da continuidade dos serviços públicos, a saber:

a) possibilidade, em regra, de interrupção dos serviços públicos na hipótese de inadimplemento do usuário, com fundamento na primazia da legislação especial (art. 6.º, § 3.º, II, da Lei 8.987/1995) em relação à legislação geral (art. 22 do CDC);22
b) reconhecimento do direito de greve dos servidores estatutários, com aplicação analógica da legislação dos empregados celetistas (Lei 7.783/1989), respeitada a continuidade dos serviços essenciais;23 e
c) viabilidade da exceptio non adimpleti contractus nos contratos da Administração Pública, na forma do art. 78, XIV e XV, da Lei 8.666/1993, ressalvados os contratos de concessão de serviço público, tendo em vista o princípio da continuidade.24

OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende". 














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Tamyris B. Hornschu

Segundo o princípio da continuidade, os serviços públicos devem ser prestados de forma ininterrupta, já que o Estado tem o dever de satisfazer e promover direitos fundamentais. Contudo existem 3 casos em que o princípio da continuidade é posto de lado:

a) interrupção dos serviços públicos em caso de inadimplemento do usuário, (art. 6.º, § 3.º, II, da Lei 8.987/1995);
b) direito de greve dos servidores públicos e;
c) exceptio non adimpleti contractus nos contratos celebrados com a Administração Pública, (art. 78, XIV e XV, da Lei 8.666/1993).

O STJ, contudo, manifesta a necessidade de separar o que é serviço prestado pelo Poder Público que podem, dos que não podem, sofrer interrupção. Por exemplo: os serviços essenciais (escolar, hospitais, creche), não podem ter seus serviços interrompidos, já que sua interrupção poderia causar sérios danos à sociedade.

De maneira resumida seria isso, mas para melhor compreensão do tema recomendo os seguintes autores/livros: Alexandre Santos de Aragão, Direito dos Serviços Públicos; Celso Antônio Bandeira de Mello, Curso de Direito Administrativo e; Rafael Carvalho Rezende Oliveira, Princípios do Direito Administrativo. 

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Especialistas PD

O serviço público pode ser interrompido nas seguintes hipóteses:

  • situação de emergência ou após prévio aviso, quando motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; (art. 6º, §3º, I, da Lei 8987/95)
  • após prévio aviso, por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. (art. 6º, §3º, II, da Lei 8987/95)
  • atraso superior a 90 dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação. (art. 78, XV, Lei 8666/93)
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