O Brasil passou cerca de vinte anos sob o comando do governo militar. Na época, não havia liberdade de expressão, proibia-se a manifestação de opiniões contrárias ao regime.
Apenas em 1988, depois de várias emendas constitucionais, o Brasil promulgou sua Constituição Federal definitiva.
Ela expandiu os direitos dos cidadãos e permitiu a criação de várias garantias fundamentais, tendo sido chamada por isso de Constituição cidadã, com viés mais democrático.
Em seu artigo 5º, há vários princípios relacionados aos direitos e garantias fundamentais. Ele começa ressaltando a importância da igualdade, ao dispor:
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)
Traz consigo 78 incisos e quatro parágrafos, além do caput, que garantem o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à moradia e à segurança. Além disso, autorizam a execução dos cultos religiosos, independente da religião escolhida, bem como, a liberdade para qualquer cidadão recorrer à justiça, quando for necessário.
Com a leitura do caput, verifica-se que os brasileiros e estrangeiros residentes no País devem ser protegidos pela lei, ou seja, os estrangeiros que estejam no Brasil também estão amparados pelos direitos e garantias do artigo 5º. Alguns doutrinadores entendem que essa proteção abrange ainda as pessoas jurídicas.
O direito à vida garante a integridade física e moral, impede que uma pessoa seja torturada, exposta a afrontas a sua honra ou tenha sua vida tirada por outra pessoa.
A liberdade do cidadão é garantida pelo direito de ir e vir, de escolha de sua religião, bem como de expor suas opiniões com argumentos e justificativas.
Além disso, através do princípio da igualdade, proíbe que ocorra discriminação de qualquer tipo. E passa a tratar de forma diferenciada os desiguais, numa tentativa de equipará-los aos mais fortes. É o que chamamos de igualdade material.
O art.5º contempla também a segurança para todos. De tal modo que, os crimes e penas devem ser definidos em lei de acordo com quem cometera. Não obstante, um cidadão só pode ser preso por flagrante delito ou por ordem judicial, caso contrário, a prisão será considerada ilegal.
Por fim, o afamado artigo garante que todo cidadão tem direito à propriedade particular.
Quando qualquer dessas garantias é infringida, o cidadão pode e deve recorrer ao Judiciário para saná-la.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.
Direito Constitucional II
•UNIARA
Direito Administrativo e Direito Constitucional
Compartilhar