Os efeitos da decisão proferida pelo juízo absolutamente incompetente submeteram-se a significativas modificações com o NCPC, em especial quanto ao art. 113, § 2.º2 do CPC/73, cuja previsão normativa atribuía nulidade aos atos decisórios proferidos por Juízo absolutamente incompetente.
Todas as decisões proferidas pelo juízo competente terão seus efeitos conservados até que o juízo efetivamente competente estabeleça de forma diversa. Assim, não serão as decisões anuladas, em regra, dependendo de determinação nesse sentido por parte do juiz competente para julgamento da causa (art. 64, §4º, do CPC):
"Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
[...]
§ 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente."
Lembramos que a citação válida induz à litispendência, torna a coisa litigiosa e constitui o devedor em mora, ainda que tenha sido determinada por juízo incompetente (art. 240, do CPC):
"Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) ."
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Direito Civil e Direito Processual Civil
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