Do ponto de vista epistemológico, com influência do Modelo Neokantista, como demonstra Bitencourt, em seu Tratado do Direito Penal, a Teoria Clássica do Crime, também conhecida por Teoria Naturalista ou Teoria Causal, foi, de forma pioneira, desenvolvida pelo jurista austríaco Franz von Liszt, em sua obra Das Deutsche Reichsstrafrecht, ainda no século XIX, tendo como um de seus principais defensores Ernest von Beling. De acordo com a teoria de von Liszt, o Fato Típico é resultado da comparação entre a conduta objetivamente realizada e a descrição legal do crime, sem analisar qualquer aspecto de ordem interna, ou seja, sem questionar a subjetividade. Sustentava ainda que o Dolo e a Culpa sediavam-se na culpabilidade e não pertenciam ao tipo. Para os seus defensores, crime só pode ser Fato Típico, Ilícito e Culpável, uma vez que o Dolo e a Culpa eram imprescindíveis para a sua existência e estando ambos na Culpabilidade.
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