A microbiota transitória, também conhecida como microbiota contaminante, não colonizadora da pele, pode ser definida como a de microrganismos isolados da pele. Resulta do contato da pele com o ambiente (objeto ou outras pessoas), e facilmente transferida para outros indivíduos. A microbiota transitória sobrevive na pele por curto período de tempo e é removida pelo suor ou eliminada pelos mecanismos anti-infecciosos locais e pelos procedimentos de limpeza.
A microbiota residente são microrganismos persistentemente isolados na pele da maioria das pessoas e constituída por aqueles que conseguem aderir, sobreviver e colonizar a superfície das células epiteliais. Esses microrganismos multiplicam-se em perfeito equilíbrio com os mecanismos anti-infecciosos locais do hospedeiro, constituindo, portanto, a população estável que só pode ser removida parcial e temporariamente pela descamação celular natural ou forçada por procedimentos de degermação e/ ou anti-sepsia.
A diferença entre microbiota transitória e microbiota residente é que a primeira não coloniza a pele, mas por ventura podem vir estar presente na pele. São decorrentes do contato do indivíduo com o ambiente. Enquanto que a segunda é colonizadora da pele desenvolvendo uma relação simbiótica com o hospedeiro.
A pele é um órgão responsável por diversas funções vitais para o organismo tais como regulação térmica , proteção e controle da perda de agua e eletrólitos. Ademais, a pele é caracterizada por apresentar uma microbiota residente* (cuja a concentração de microrganismos varia conforme o local do corpo) e *uma microbiota transitória (decorrente da interação com o ambiente).
A microbiota residente é aquela que vive e se multiplica no organismo. Estes microorganismos, apesar de terem certa virulência, não produzem doenças, sendo bastante úteis ao estimularem o sistema imunológico.
Já a microbiota transitória se caracteriza como organismos que sobrevivem na superfície da pele, seja atrelado à sujeira ou oleosidades da pele. Este tipo de microorganismo apresenta alta capacidade de gerar patologias quando o organismo do indivíduo se encontra debilitado.
Vale ressaltar que enquanto o a microbiota transitória consegue ser eliminada com a lavagem de mãos realizada da forma correta, a eliminação da microbiota residente se dá apenas com o uso de antissépticos cirúrgicos.
A microbiota residente é constituída por microrganismos de baixa virulência, como estafilococos, corinebactérias e micrococos, pouco associados às infecções veiculadas pelas mãos. É mais difícil de ser removida pela higienização das mãos com água e sabão, uma vez que coloniza as camadas mais internas da pele.
A microbiota transitória coloniza a camada mais superficial da pele, o que permite sua remoção mecânica pela higienização das mãos com água e sabão, sendo eliminada com mais facilidade quando se utiliza uma solução anti-séptica. É representada, tipicamente, pelas bactérias Gram-negativas, como enterobactérias (Ex:Escherichia coli), bactérias não fermentadoras (Ex:Pseudomonas aeruginosa), além de fungos e vírus.
Fonte: http://limpezasales.com.br/higienizacao-das-maos/ acesso em 31/05/2020
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